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Desintegração da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

No fim da década de 1950, Nikita Kruchev, sucessor de Stálin no cargo de secretário-geral do PCUS dizia que a União Soviética logo alcançaria e superaria o desenvolvimento económico dos Estados Unidos, garantindo, assim, a vitória do comunismo sobre o capitalismo, mas, apesar de todos os esforços e dos êxitos obtidos pela economia soviética em vários sectores, a previsão de Kruchev não se confirmou, além de nunca ter alcançado os EUA, a URSS se revelou um império frágil, incapaz de acompanhar a revolução tecnológica que caracterizou os últimos trinta anos no mundo capitalista.
Causas da desintegração da URSS
Na perspectiva de Khruchov (2008: 80), de todas as revoluções ocorridas nos tempos modernos, a Revolução Russa de 1917 foi a que mais esperanças despertou de construir um mundo melhor, liderado por revolucionários bem engajados na luta contra a "exploração do homem pelo homem", tinha como objectivo criar uma sociedade sem classes e sem desigualdades, uma espécie de reino da liberdade, repleto de bens materiais e culturais e com justiça social. Na prática, porém, esse projecto nunca chegou a se concretizar, pois, passado o período heróico da Revolução, a URSS se transformou num Estado totalitário, dirigido por uma burocracia privilegiada que suprimiu a liberdade e impôs rígido controlo sobre todos os sectores da sociedade, económico, político e social.

Sector económico
Para Khruchov (2008), neste sector,esse controle teve efeitos desastrosos para a economia soviética:
  • O sistema de planeamento excessivamente centralizado paralisou a administração da economia, impedindo que as decisões fossem tomadas com rapidez e flexibilidade;
  • A agricultura colectiva sempre foi uma área problemática da economia soviética. Embora consumisse 30% do investimento total e empregasse 20% da força de trabalho, a produção agrícola sempre ficou abaixo das expectativas. Em consequência, a União Soviética se viu obrigada a importar alimentos até dos Estados Unidos;
  • O acelerado crescimento económico obtido pelos primeiros planos quinquenais foi resultado da expansão da Indústria pesada (siderúrgica, produção de máquinas e equipamentos) logo, o país passou a conviver com altos custos de produção, desperdício e baixa qualidade dos produtos.

Nisto conclui-se que devido a esses problemas, a economia começou a perder impulso já no início da década de 1970, apresentando taxas de crescimento cada vez menores.

Sector político
A primeira causa a linha revisionista do PCUS que consistia na recusa do carácter da luta de classes na fase transitória do capitalismo para o socialismo e o comunismo na sua substituição pela teoria da extinção da luta de classes na URSS na sequência dos sucessos da edificação do socialismo, este defende a sua tese por meio de raciocínios subjectivos e metafísicos através de uma lógica formalista.
Como segunda causa, ofensiva geral das forças imperialistas contra a URSS onde os Estados Unidos reagiram com furor e ódio à vitória da Grande Revolução Socialista de Outubro, recusando-se a reconhecer o novo poder soviético e decretando o embargo, e que tal reconhecimento só se efectuou em 1933, sob a presidência de Roosevelt.   
Uma das causas da desintegração da URSS foi a competição militar e a corrida espacial com os EUA que consumiram grande parte dos recursos do país e a longo prazo, acabaram inviabilizando a economia soviética, mas, para manter sua competitividade, o governo soviético precisou gastar tanto quanto os EUA em armamentos, e com isso acabou tirando recursos das áreas importantes para manter a qualidade de vida da população.

Sector social  
A causa social que contribuiu para a desintegração foram as condições históricas específicas da realização da Revolução de Outubro e da sociedade socialista, onde as condições históricas específicas da vitória da Revolução de Outubro em 1917 e da construção do socialismo nos anos 1930, interrompida pela Guerra Patriótica de 1941 a 1945 e pela reconstrução do pós-guerra, foram altamente desfavoráveis e de uma dificuldade extrema para a nova sociedade. E afirma ainda que:
Marx e Engels teorizaram a possibilidade de realizar com êxito a revolução socialista em alguns países capitalistas desenvolvidos. Lénine, analisando as novas condições históricas criadas depois de Marx e Engels, provou teoricamente a possibilidade de êxito da revolução socialista num só país, mesmo atrasado como a Rússia. Provou-o também na prática. Mas nesta situação, as condições da realização da revolução e da edificação socialista foram muito dificultadas, em primeiro lugar, devido ao atraso de um país como a Rússia em 1917 e, em segundo lugar, pela imposição do cerco capitalista como único Estado socialista (p:87). 
O grupo conclui que embora Lenine tenha defendido o facto de a revolução Socialista realizar-se mesmo num só pais por mais que seja atrasado, não se considerou porque esta revolução enfrentou dificuldades devido ao atraso da Rússia na sua economia. Os comunistas russos confrontaram-se com um enorme país de economia atrasada e uma população de 150 milhões de habitantes, dos quais 70 por cento eram analfabetos.
A Primeira Guerra Mundial tinha deixado muitas destruições. As cláusulas desfavoráveis da Paz de Brest-Litovsk determinaram a cedência de importantes territórios russos e impuseram pesadas contribuições de guerra. A tudo isto, somente um ano após a vitória da revolução, sobreveio a guerra civil e a intervenção de 14 países capitalistas, que provocaram novas e enormes destruições e colossais perdas para o país.

Bibliografia
  • KURZ, Robert. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo de caserna à Crise da economia mundial. São Paulo: Paz e Terra, 1999
  • ARRUDA, J.J. História Moderna e Contemporânea. 23ª ed. Editora Ática, São Paulo.1990.
  • RODRIGUES, Robério Paulino. O colapso da URSS. Um estudo das causas. São Paulo, 2006;
  • Mazrui e Christophe Wondji. História geral da África, VIII: África desde 1935, Brasília: UNESCO, 2010.
  • KURZ, Robert. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo de caserna à Crise da economia mundial. São Paulo, 1999.
Aulas de Moz
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www.aulasdemoz.blogspot.com 

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