Revolução é um movimento que surge no seio do povo, face sua insatisfação com o regime de governo em vigor
Surgimento das revoluções na Alemanha
Causas das revoluções de 1848 na Alemanha
Revolução de 1848 na Alemanha
Consequências das revoluções de 1848 na Alemanha
Bibliografia
Causas das revoluções de 1848 na Alemanha
Revolução de 1848 na Alemanha
Consequências das revoluções de 1848 na Alemanha
Bibliografia
O processo das revoluções liberais iniciado com a revolução americana de 1776, havia atingido o ponto máximo com a revolução francesa de 1789,seguido de congresso de Viena e da santa aliança, com seu movimento contra revolucionário e conservador, conduzido pelas principais potências monárquicos europeus: Áustria, Prússia e Rússia.
Portanto, a onda revolucionária ressurgiu em 1830 na França e difundiu pela toda Europa. Em 1848, o movimento também teria carácter liberal e burguês, mas traria novo elemento: a participação do proletariado industrial, com tendências socialistas.
As Revoluções de 1848 nos Estados alemães, também chamada de Revolução de Março - parte das Revoluções de 1848 que eclodiram na Europa foram uma série de protestos coordenados e rebeliões no Estados da Confederação Germânica, incluindo o Império Austríaco.
As revoluções salientaram o pangermanismo, enfatizou o descontentamento popular com a tradicional estrutura amplamente autocrática dos 39 Estados independentes da Confederação. As revoluções alemãs de148-49 apelaram à unificação da Alemanha sob uma única constituição. Os revolucionários pressionaram diversos governos dos estados, em particular aqueles na Renânia, para a formação de uma assembleia parlamentar que tivesse a responsabilidade de elaborar uma constituição. Em última análise, os revolucionários esperavam que esta constituição estabelecesse o sufrágio universal masculino, um parlamento nacional permanente, e uma Alemanha unificada, possivelmente sob a liderança de um rei prussiano.
Este parecia ser o caminho mais lógico, pois a Prússia era o estado alemão mais forte. Geralmente, os revolucionários de centro-direita desejavam algum tipo de sufrágio mais alargado, nos seus estados, e, potencialmente, uma forma de unificação mais livre. A sua pressão resultou uma variedade de eleições, baseadas em diferentes qualificações para o voto, tais como o sistema das três classes, que garantia a alguns grupos eleitorais em particular, os mais ricos, proprietários grande poder representativo.
O liberalismo, contrário as limitações imposto pela monarquia absoluta;
O nacionalismo, que procurou unir politicamente os povos da mesma origem e cultura;
O socialismo, força nova, surgida nos movimentos de 1830, que pregava a igualdade social económica mediante reformas radicais.
Para além destes factores Arruda (1996:209) destaca as mais imediatas, que são:
As péssimas colheitas entre os anos 1846-1847;
As exigências para a reforma política incluindo a liberdade de imprensa, a auto-organização das universidades e um parlamento que represente todos os cidadãos alemães foram apenas representadas pelos monarcas de uma comunidade de Estados soberanos alemães.
As desastrosas condições económicas também desempenharam um papel. A epidemia de cólera espalhou a morte e o sofrimento para a Silésia.
O crescimento da população e os fracassos da safra entre 1846 e 1847 causaram fome e miséria. Muitas pessoas se mudaram para as cidades, a fim de sobreviver, mas os salários eram muito baixos e as condições de vida eram terríveis.
O empobrecimento dos camponeses que provocou a queda no consumo de tecidos;
A redução dos salários e a subida dos preços dos alimentos;
As actividades das grandes industria e a construção das estradas de ferro ficaram paralisadas
As fábricas pararam e dispensaram os operários.
A Alemanha, dividida em 36 pequenos estados depois do congresso de Viena, necessitavam de uma unificação. Foram formados dois partidos. Um defendia a unidade sob a hegemonia da Prússia (pequena Alemanha), o outro sob a hegemonia da Áustria (grande Alemanha).
Assim a revolução alemã de 1848, teve duplo carácter de uma cruzada em prol de um governo mais liberal e a convocação de uma assembleia nacional eleita pelo sufrágio universal de um movimento de unificação. Após a guerra, Bismarck procedeu a união de todos os estados alemães, situados no Norte do rio Reno, numa Confederação Germânica do Norte.
A campanha nas revoluções alemãs de 1848 teve dois objectivos principais, primeiro, um sistema unificado alemão (Estado-nação) e segundo, a introdução de liberdades civis.
A pós o congresso de Viena, os estados alemães passou a constituir uma confederação, divida em 39 pequenos estados cujos membros mais importante eram: Prússia e Áustria. Com a queda do primeiro-ministro Metternich abriu-se uma possibilidade de os povos dominados rebelarem eclodindo revoltas nos diversos estados alemãs dominados pelos Austríacos (países baixos).
O nacionalismo germânico desabrochou, e expressou no desejo de independência e união política. Em Março de 1848, as tropas reprimiram grande manifestação popular diante do palácio de Frederico Guilherme, rei da Prússia. Portanto, o movimento se alastrou, vários estados juntaram-se aos revoltosos, e o rei teve que promover uma constituição ao povo (Idem).
Para maior integração e unificação económica mais abrangente dos estados, criou-se o zollverein (união aduaneira) espécie de uma liga aduaneira que estimulou o desenvolvimento industrial e ligação entre territórios prussianos. Em Maio de 1848 os estados alemães realizaram uma assembleia que teve lugar em Frankfurt, que visava redigir uma constituição para a Alemanha unificada, tendo decidido entregar o trono da Alemanha unificada a Frederico Guilherme IV (rei da Prússia). Porém, este recusou com temor de represália austríaco. Alegando várias razões:
Não podia aceitar uma coroa sem o consentimento dos príncipes;
Temia a oposição dos outros príncipes alemães e da intervenção militar da Áustria;
Por outro lado, não via com bons olhos receber uma coroa de um parlamento eleito de forma popular.
Apesar dos requisitos que muitas vezes perpetuaram vários dos problemas de soberania, e da participação política que os liberais procuravam superar, o Parlamento de Frankfurt não foi capaz de elaborar uma constituição e de chegar a um acordo sobre a solução kleindeutsch. Embora os liberais tenham fracassado ao não conseguir a unificação que desejavam, obtiveram, no entanto, uma vitória parcial ao participarem ao lado dos príncipes alemães na resolução de muitas questões constitucionais, e colaborando com eles em muitas das reformas. Em Novembro, o exército ocupou Berlim e dissolveu a constituinte, assim o movimento liberal foi abafado.
ARRUDA, J. J. A. “História geral e história do Brasil”. Edição de arte, são Paulo, 1996, 404 p.BURNS, E. M. “História da Civilização Ocidental – O Drama da Raça Humana”. 22ª Ed. Brasil, Editora Globo, Porto Alegre, 1979. 1052 p.COSTA, J. Almeida, MELO. História moderna e contemporânea, Sampaio, A. “Dicionário Editora”. 8ªed. Porto, Porto editora, 1999. 375p.ESPINOSA, F. & GUERRA, M. L. “História – Idade Moderna e Idade Contemporânea”. Porto Editora, Porto, 1973. 388 p.VICENTINO, C. Historia Geral. São Paulo. Editora Seiprome, 1991.
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