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Causas de Infecções Hospitalares

Introdução
O hospital é um importante reservatório de microrganismos levando em consideração a quantidade de pessoas adoecidas no local e embora existam medidas e esforços para manter ou impedir o crescimento de microrganismos, até os microrganismos da microbiota normal do corpo que permanecem de forma benéfica são oportunistas e apresentam riscos para os pacientes internados.
São várias razões que podem levar o paciente a contrair essas infecções, com destaque a falta ou pouca higienização nas unidades sanitárias. Portanto, este trabalho visa falar sobre as causas infecções hospitalares em unidade sanitárias.

Causas de Infecções Hospitalares nas Unidades Sanitárias
Infeções hospitalares
A infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta. Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
Estima-se que 5 a 15% de todos os pacientes hospitalizados adquirem algum tipo de infecção hospitalar. Essas infecções são resultado de uma interação de fatores, que incluem os microrganismos no ambiente hospitalar, o estado de comprometimento do paciente e a cadeia de transmissão do hospital. Em geral, a presença isolada desses fatores não resulta na infecção, apenas quando estão interagidos. Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde.
Entre os fatores associados ao comprometimento do paciente que influenciam na susceptibilidade a infecções estão incluídos a idade, principalmente recém-nascidos e idosos que possuem uma imunidade fragilizada e os pacientes imunocomprometidos, como portadores da AIDS e transplantados; o tempo de internação, que deve ser o mínimo possível, mas contemplando todo o tratamento necessário; doenças crônicas como diabetes mellitus, que interfere no processo de cicatrização da pele; doenças vasculares; entre outros.

Causas das infecções hospitalares
Em geral, a infecção hospitalar surge quando há defesas imunológicas fragilizadas, propagação por contato cutâneo - diante do toque em uma região infectada, por exemplo, transmissão cruzada entre doenças, ou seja, quando há transferência de microrganismos de uma pessoa (ou objeto) para outro indivíduo, resultando necessariamente em uma infecção. Uma infecção contraída até 30 dias após uma operação é considerada hospitalar.
Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde. A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da relação de desequilíbrio entre três fatores, os quais incluem a condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos micro-organismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, condições do ambiente e atuação do profissional de saúde).
Em relação ao paciente (ou hospedeiro), várias condições estão associadas a um maior risco de ocorrência de infecção. Entre elas estão condições como extremos de idade (recém-nascidos e idosos); duração da internação; diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização tecidual; doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de tecidos; alterações da consciência, que interferem com os mecanismos fisiológicos da deglutição; estados de imunossupressão, sejam inatos ou adquiridos pelo uso de medicações (corticoide e quimioterapia); além de quaisquer condições que exijam procedimentos invasivos (sondagem urinária, inserção de cateter venoso central, utilização de ventilação mecânica) e ou cirurgias que comprometem a integridade da pele e mucosas.

Principais causas de infecções hospitalares
Apesar de a higienização incompleta das mãos ser apontada como o principal fator, as causas das IHs são diversas, podendo mencionar a suscetibilidade do paciente, que pode ser:
Obeso;
Diabético;
Com insuficiência renal.

Estas razões debilitam então o sistema imunológico.
Há também casos de o tratamento médico precisar ser invasivo, quebrando a barreira natural de proteção do paciente.
O problema da movimentação de médicos e profissionais de Saúde que trabalham em mais de uma instituição;
Pacientes que são atendidos em diversos lugares, como uma das causas da proliferação de casos de IH.
O cuidado das pessoas que vão visitar pacientes internados. Entre os hábitos essenciais estão: lavar as mãos ao entrar e sair do hospital e antes de tocar no paciente e em seus pertences; evitar tocar nos equipamentos conectados aos pacientes; não levar flores e alimentos para o ambiente hospitalar; não sentar na cama do paciente nem utilizar sua cadeira e mesa de cabeceira; não visitar o paciente se estiver portando alguma doença contagiosa; evitar aglomeração de pessoas no apartamento do paciente e também nos corredores.
Em geral, indivíduos que contraem infecção no hospital ou no tratamento em domicílio são campo fértil para que os germes se desenvolvam, porque estão enfraquecidos por uma doença de base. São ótimos hospedeiros. Tanto isso é verdade, que nós, médicos, transitamos pelos hospitais e raramente temos uma infecção desse tipo. Por outro lado, as bactérias que costumam acometer esses pacientes, na maioria dos casos, são mais resistentes aos antibióticos, porque eles já receberam essa classe de medicamentos em grande quantidade e por muito tempo ou estiveram internados na UTI perto de doentes que foram medicados com doses altas de antibiótico e podem ter colonizado bactérias mais resistentes. O fato de serem mais resistentes, porém, não significa que sejam mais patogênicas, mais agressivas em termos da lesão que podem causar. São mais difíceis de tratar, porque existem menos opções de remédios para combatê-las.

Tratamento das Infecções Hospitalares
O tratamento das Infecções Hospitalares pode ser realizado por meio de drogas, tais como, antibióticos, antifúngico e outras medicações que ajudam no tratamento da infecção já instalada. Porém, temos que ter em mente que a infecção hospitalar deve ser evitada, assim, é necessária prevenção.
Além disso, também devemos considerar que um dos tratamentos das infecções hospitalares é a conservação adequada do ambiente. Um hospital que segue as medidas corretas quanto à limpeza do ambiente físico, desinfecção, esterilização de equipamentos e materiais além da educação da equipe de atendimento, está proporcionando segurança ao seu paciente. Dessa forma, podemos tratar estas medidas não só como prevenção, mas também como uma forma de tratar as infecções hospitalares. 

Controle das Infecções Hospitalares
O controle da infecção hospitalar está regulamentado desde 1982 pelo Ministério da Saúde, quando da criação do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar. Contudo, só passou a desenvolver estudos mais sérios e normas de controle mais rígidas nos hospitais a partir da comoção popular provocada pela morte de Tancredo Neves — a infecção hospitalar passou a ser temida pelos pacientes, aumentando os cuidados para evitá-la.
Para reduzir os riscos de ocorrência de infecção hospitalar, um hospital deve constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que é responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc. Essa comissão deve:
  • Desenvolver ações na busca ativa das infecções hospitalares.
  • Avaliar e orientar as técnicas relacionadas com procedimentos invasivos.
  • Participar da equipe de padronização de medicamentos.
  • Prevenção e controle das infecções hospitalares.
  • Controle de limpeza da caixa de água.
  • Controle no uso de antibiótico.
  • Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares.
  • Elaborar treinamentos periódicos das rotinas do CCIH.
  • Manter pasta atualizada das rotinas nas unidades.
  • Busca ativa aos pacientes com Infecção.
  • Fazer analise microbiológica da água.


Conclusão
Terminada a abordagem, concluiu-se que a principal forma de prevenção das infecções hospitalares é uma medida simples de higienização das mãos e do próprio local. Em relação às mãos, água, sabão e o álcool 70% são recomendados para todos que entrarem em contato com o internado, isso é, todos os profissionais da saúde envolvidos no tratamento e também os familiares visitantes.
Para minimizar os riscos de uma infecção, além da higienização, outra medida importante que deve ser tomada durante o período de internação do paciente, é a nutrição adequada, para evitar qualquer tipo de imunossupressão.

Bibliografia
FERNANDES, A. T. (Org.) ; FERNANDES, M. O. V. (Org.) ; RIBEIRO FILHO, N. (Org.). "Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde". São Paulo: Atheneu, 2000.
TORTORA, G.J, FUNKE, B. R, CASE, C. L. Microbiologia. -8. ed.-Porto Alegre: Artmed, 2005.
SHANNON-CAIN J, Webster SF, Cain BS. Prevalence of and reasons for preoperative tobacco use. American Association of NurseAnesthetists Journals. 2002;70:33–40.

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