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Infecções Hospitalares nas Unidades Sanitárias

Introdução
O hospital, por ser um recinto abundantemente frequentado por indivíduos com diversas doenças, outros que estão até de baixa, torna-se um recinto muito vulnerável à infeções, embora havendo vários métodos e/ou produtos químicos usados para prevenir e combater essas infecções. Por tanto este trabalho visa de forma clara indicar essencialmente as causas dessas infecções em diversos ângulos de abordagem.
Convém dizer que uma infecção hospitalar é definida como toda infecção adquirida durante a internação hospitalar, desde que sem indícios de estar presente no momento da admissão no hospital ou também relacionada a algum procedimento hospitalar como cirurgias.

Objectivos
Geral:
  • Analisar as causas de infecções hospitalares em unidades sanitárias.


Específicos
  • Definir infecções hospitalares;
  • Mencionar as causas de infecções hospitalares;
  • Destacar os tipos e prevenção de infecções hospitalares.


Infecções Hospitalares nas Unidades Sanitárias
Infecções Hospitalares
Infecções também conhecidas como infecções nosocomiais, são infecções adquiridas durante o internamento que não estavam presentes ou em incubação à data da admissão.
A infecção hospitalar (IH), se conceitualmente considerada como toda infecção adquirida ou transmitida no espaço hospitalar, surgiu no período medieval, época em que foram criadas instituições para alojar pessoas doentes, peregrinos, pobres e inválidos constituindo, inclusive, locais de separação e de exclusão (FOUCAULT, 1985, p.101).
Evidentemente, a reunião indiscriminada de pessoas em um ambiente confinado facilitava a transmissão de doenças contagiosas, podendose situar a origem da infecção hospitalar nesse período. Tais infecções, na ausência de procedimentos terapêuticos, apresentavam a mesma forma de transmissão que aquelas nas comunidades: vias aéreas, água, alimentos, etc., caracterizando e reproduzindo as mesmas epidemias que assolavam a Idade Média: cólera, pestes, dentre outras, de caráter eminentemente exógenas e específicas. As práticas de controle de transmissão dessas infecções, nessa época, ainda não haviam aparecido e esses locais não se tratavam de instituições médicas.

Causas de infecções hospitalares em Unidades Sanitárias
Os micro-organismos que causam a infecção hospitalar não causam infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com poucas bactérias inofensivas e a queda da resistência do paciente para se instalar. Apesar disto, as bactérias hospitalares costumam desenvolver infecções graves e de difícil tratamento, já que são mais resistentes aos antibióticos, por isso, em geral, é necessário usar antibióticos mais potentes para curar este tipo de infecção. 
Durante o período em um hospital, alguns dos principais fatores que causam a infecção são:
  • Desequilíbrio da flora bacteriana da pele e do organismo - geralmente devido ao uso de antibióticos;
  • Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada - tanto pela doença, como por uso de medicamentos;
  • Realização de procedimentos invasivos como passagem de cateter - passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por exemplo, que quebram a barreira de proteção da pele.


Qualquer pessoa pode desenvolver uma infecção hospitalar, entretanto têm maior risco aquelas com um maior fragilidade da imunidade, como:
  • Idosos;
  • Recém-nascidos;
  • Pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS, pós-transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores;
  • Diabetes mellitus mal controlada;
  • Pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam maior risco de aspiração;
  • Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação, já que dificulta a oxigenação e cicatrização dos tecidos;
  • Pacientes com necessidade de uso de dispositivos invasivos, como sondagem urinária, inserção de cateter venoso, utilização de ventilação por aparelhos;
  • Realização de cirurgias.

Além disso, quanto maior o tempo de internação, maior o risco de se adquirir uma infecção hospitalar, pois há maior chance de exposição aos riscos e aos micro-organismos responsáveis. 

Tipos e Tratamento das Infecções Hospitalares
O tratamento das Infecções Hospitalares pode ser realizado por meio de drogas, tais como, antibióticos, antifúngico e outras medicações que ajudam no tratamento da infecção já instalada. Porém, temos que ter em mente que a infecção hospitalar deve ser evitada, assim, é necessária prevenção.
Além disso, também devemos considerar que um dos tratamentos das infecções hospitalares é a conservação adequada do ambiente. Um hospital que segue as medidas corretas quanto à limpeza do ambiente físico, desinfecção, esterilização de equipamentos e materiais além da educação da equipe de atendimento, está proporcionando segurança ao seu paciente. Dessa forma, podemos tratar estas medidas não só como prevenção, mas também como uma forma de tratar as infecções hospitalares. 
Muitos antibióticos são utilizados hoje para conter diversos tipos de infecção, a seguir veremos os mais utilizados, além de suas principais indicações:

1. Penicilinas
Sua ação consiste na interferência na síntese de parede celular bacteriana, ocasionando sua lise.

Indicação:
  • Meningite: podem ser usadas para tratamento de meningite causada por meningococos ou pneumococos.
  • Bronquite, sinusite e otite (Haemophilus influenzae, Pneumococos, Moraxella catarrhalis, Klebsiella pneumoniae);


2. Cefalosporinas
Dividem-se em: 
2.1. Cefalosporinas de primeira geração 
  • Orais: Cefalexina, Cefadroxil, Cefradina.
  • Parenterais: Cefalotina, Cefazolina, Cefradina. 

Indicações:
  • Infecções leves a moderadas adquiridas na comunidade de partes moles ou trato urinário por germes sensíveis;
  • Pneumonia: Cefalosporina de 1ª geração não são recomendadas como primeira escolha;
  • Faringoamigdalites;
  • Infecções de pele e subcutâneo (estafilocóccicas);
  • Profilaxia pós-operatória em cirurgias gástricas, ortopédicas, biliares, vasculares e neurocirurgias;
  • Infecção urinária não complicada;
  • Não oferece cobertura contra Pseudomonas;
  • Observação: Não deve ser utilizada na meningite pelo fato de ser uma droga que penetra na barreira hematoencefálica. 


2.2. Cefalosporinas de segunda geração 
  • São: Cefaclor, Cefamandol, Cefprozil, Cefuroxima, Cefoxitina, Cefonicida. 


Indicações:
  • Espectro para gram-negativos superior às Cefalosporinas de primeira geração, incluindo os patógenos respiratórios (Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, K. pneumoniae);


  • Infecções urinárias por bacilo gram-negativo entérico;
  • Não possuem ação contra Pseudomonas;
  • Indicadas no tratamento de Sinusite, Pneumonia Comunitária, Bronquite e Otite;
  • Infecções de partes moles tais como celulite.


2.3. Cefalosporinas de terceira geração 
  • Parenterais: Cefotaxima, Ceftriaxona, Ceftizoxima, Ceftazidima, Cefoperazona.  
  • Orais: Cefixima, Cefetamet-pivoxil e Cefpodoxima-proxetil. 


Indicações:
Cefotaxima e Ceftriaxona:  
  • Osteomielite/artrite séptica; 
  • Sepse de origem urinária
  • Infecções do trato urinário;
  • Sepse relacionada a cateteres intravasculares;
  • Meningite;
  • Pneumonia;
  • Ferida do Pé diabético: celulite;
  • Gonorréia, etc. 

Ceftazidima: 
  • Infecções por Pseudomonas aeruginosa; 
  • Pneumonia de origem hospitalar;
  • Infecções urinárias pós-instrumentação, etc.


2.4. Cefalosporinas de quarta geração 
Indicações:
Cefepima e Cefpiroma:
  • Infecções por Pseudomonas aeruginosa;
  • Infecções do SNC;
  • Pneumonia comunitária;
  • Infecções de partes moles, ósseas e articulares;
  • Infecções urinárias.


Defesas contra as infecções
Sabemos que existem micróbios patogênicos no ar, nos objetos e sobre a pele, porém normalmente estes não produzem infecções porque existe uma série de barreiras naturais que protegem as possíveis portas de entrada dos germes. Finalmente, nós, seres humanos, somos parte da natureza e nela há uma ininterrupta batalha entre os seres vivos e outros, que às vezes se mantêm em equilíbrio e às vezes se destroem.
A barreira mais importante contra os germes ambientais é a pele. A capa superficial da pele é formada por células mortas com grande quantidade de queratina – a mesma substância que forma as unhas. Esta faz com que a pele seja impermeável e, com a secreção gordurosa e o suor, evite que os micróbios penetrem no organismo. Se a pele se rompe ou se altera, as bactérias que normalmente nela vivem podem introduzir-se no organismo, produzindo infecção.
Outra via importante para a entrada de germes é a respiratória. Aqui, entre células que recobrem a faringe e a traquéia, existem células que segregam mucosidade para reter os elementos estranhos, e além disso tem cílios que se movem continuamente para expulsá-los para o exterior. Esse epitélio fica alterado nos fumantes e drogados, por isso eles têm mais infecções respiratórias do que os não-fumantes.
A entrada de germes pelo aparelho digestivo esta protegida pela saliva e sucos gástricos, que têm capacidade de destruir alguns micróbios. O rim e a via urinária são protegidos pelo esfíncter de saída e o esvaziamento periódico da urina.
Também a vagina e os olhos têm secreções protetoras das infecções. São o fluxo vaginal e a lagrimas. A alteração dessas secreções facilita o surgimento de infecções.

Conclusão
Findo trabalho, concluiu-se que a prevenção de infecções hospitalares por todo o mundo depende muito mais da instituição hospitalar e de seus trabalhadores do que dos pacientes, já que ninguém se interna com intenção de contrair doenças dentro do hospital.
Como viu-se anteriormente, as infecções em hospitais são indesejavelmente causadas de diversas formas. A OMS apela e incentiva a todos utentes de unidades sanitárias, sejam elas públicas ou privadas uso de produtos que visam prevenir e combater as infecções em unidades hospitalares.
Os cuidados para não ocorrer elevado número de infecções e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do município e estado e também do antigo e simples costume de lavar as mãos, já que grande parte das pessoas não o fazem nos hospitais.

Bibliografia
OLIVEIRA, Adriana Cristina (Org.). "Infecção Hospitalar, epidemiologia, prevenção e controle". 1 ed. Rio Janeiro: MEDSI/Guanabara Koogan, 2005.
FERNANDES, A. T. (Org.) ; FERNANDES, M. O. V. (Org.) ; RIBEIRO FILHO, N. (Org.). "Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde". São Paulo: Atheneu, 2000.
www.escolademoz.com 


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