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Preparação para o uso auricular

1. INTRODUÇÃO
O ouvido é um órgão avançado e muito sensível do corpo humano. A função do ouvido é transmitir e traduzir sons para o cérebro através das seguintes partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. Contudo, infelizmente, assim como outros órgãos humanos, os ouvidos são também vulneráveis à várias doenças, dentre elas, temos: infecção do ouvido, complicações auditivas, inflamação, dor ontológica, geração de cerúmen (cera do ouvido), etc.
Portanto, para o tratamento dessas infecções ou a remoção do cerúmen, normalmente são usadas preparações otológicas, que podem ser definidas como preparações destinadas à aplicação na cavidade auricular, apresentadas sob formas líquidas ou semissólidas.
Assim sendo, neste trabalho visa-se abordar essencialmente sobre a preparação para o uso auricular, incluindo os procedimentos de preparação, características, importância e vários outros aspectos que dizem respeito ao tema supracitado. 

1.1. Objectivos
Gerais 
Conhecer as preparações do uso auricular.

Específicos
Indicar preparações otológicas;
Demostrar as características de preparações otológicas;
Mostrar os procedimentos de preparações de uso auricular;
Ilustrar as propriedades físico-química dos componentes mais comuns;
Destacar a prevenção de Otite Média em Ouvido de Nadador;
Descrever o Formulário para o uso auricular e o Seu Emprego.

2. PREPARAÇÃO PARA O USO AURICULAR
2.1. Preparações Otológicas
Segundo Ádamo Porto Gama, preparações otológicas são preparações farmacêuticas aplicadas na cavidade auricular visando efeito tópico.
São formas farmacêuticas de uso externo, apresentam em sua composição insumos ativos veiculados em água purificada, solução de cloreto de sódio a 0,9%, soluções hidroalcoóllcas, hidroglicerinadas e outros insumos inertes, destinadas a serem aplicadas na cavidade auricular em gotas. Essas preparações não exigem esterilidade ou isotonicidade. 

2.2. Características de preparações otológicas
Produtos semi-estéreis: veículo viscoso para aderir às paredes do conduto auditivo, como a glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicol de baixo peso molecular, óleos. Água e álcool (etílico e isopropílico) podem também serem usados como veículos. Em pomadas óticas, a vaselina, o gel de petrolato/polietileno são normalmente empregado como excipientes. Para insuflações emprega-se como excipiente o talco, a lactose ou o ácido bórico.
O pH normal do conduto auditivo está geralmente compreendido entre pH 6 a 7,8. Portanto, é menos ácido que o pH geral da pele (pH 5,3-5,8), o que pode favorecer a colonização bacteriana e o desenvolvimento de otites. Portanto, preparações otológicas devem apresentar preferencialmente  pH ácido, os micro-organismos proliferam mais facilmente em meio alcalino.

2.3. Procedimentos de preparações de uso auricular 
Soluções e suspensões otológicas:
As soluções e suspensões otológicas ou auriculares, são formas líquidas destinadas à instilação no canal auditivo.
Soluções otológicas para irrigação podem ser compostas de surfactantes fracos, bicarbonato de sódio, ácido bórico (0,5 a 1%) ou solução de acetato de alumínio na forma de líquido morno, geralmente a cerca de 37°C. Essas soluções para irrigação podem ser usadas para remover a cera do ouvido, exsudatos purulentos de infecções e corpos estranhos do canal auditivo.

Soluções otológicas:

  • Pesar ou medir cada ingrediente da formulação.
  • Dissolver os ingredientes em cerca de ¾ da quantidade de veículo e misturar bem.
  • Adicionar o veículo em quantidade suficiente para ajustar o volume final e misturar bem;


Suspensões otológicas:

  • Pesar ou medir cada um dos ingredientes;
  • Dissolver ou misturar os ingredientes em cerca de ¾ da quantidade de veículo e misturar bem;
  • Adicionar o veículo em quantidade suficiente para ajustar o volume final e misturar bem.
  • Tomar uma amostra da suspensão e determinar o pH e outros parâmetros de controle de qualidade.
  • Se necessário, ajustar o pH para o valor apropriado. Envasar em um frasco adequado.


Pomadas otológicas:
São preparações semi-sólidas que são aplicadas no exterior do ouvido. Pomadas otológicas não são utilizados com frequência. No entanto, elas podem ser preparadas usando qualquer pomada base e podem conter substâncias antifúngicas, antimicrobianas ou corticosteroides.
São aplicadas diretamente na porção exterior do ouvido. Uma pomada a base de polietilenoglicol pode ser facilmente removida do ouvido com água morna ou soluções diluídas de um surfactante.

Procedimentos

  • Pesar ou medir cada ingrediente da formulação;
  • Misturar os ingredientes com o veículo (conforme procedimento para preparo de pomadas);
  • Tomar uma amostra da pomada e determinar os parâmetros de controle da qualidade.


Pós Finos
Pós finos insuflados podem conter agentes antifúngicos ou bactericidas que irão atuar como um reservatório do fármaco.
Um pequeno insuflador de plástico ou de borracha pode ser usado para aspergir ou insuflar o pó dentro do ouvido.
Composição de pós finos

  • Veículos para soluções geralmente contém: glicerina, propilenoglicol, água e/ou álcool. As pomadas otológicas contém principalmente, vaselina sólida. Os pós otológicos podem conter talco ou lactose.
  • Conservantes: clorobutanol a 0,5% e os parabenos a 0,01%.
  • Antioxidantes como o bissulfito de sódio e outros estabilizantes também são usados, se necessário.


2.4. Propriedades Físico-Química dos Componentes Mais Comuns
  • Os veículos mais utilizados em preparações otológicas são: a glicerina, o propilenoglicol e outros PEGs de baixo peso molecular, especialmente o PEG 300. Esses veículos são viscosos e irão aderir ao canal auditivo.
  • Álcool puro e óleos vegetais, principalmente o óleo de oliva tem sido usados como veículos. Óleo mineral tem sido empregados como um veículo para alguns medicamentos antibióticos e anti-inflamatórios.
  • Água e álcool (etanol e isopropanol) podem ser usados como veículos e como solventes para alguns medicamentos.
  • Geralmente, são usados primariamente para a finalidade de irrigação, uma vez que em muitos casos um dos objetivos terapêuticos é manter o canal auditivo seco para minimizar o crescimento de bactérias e fungos.


2.5. Prevenção de Otite Média em Ouvido de Nadador
  • Além das combinações antibióticos-esteroides, utilizam-se ácido acético (2%) em solução de acetato de alumínio e ácido bórico (2,75%) em álcool isopropílico.
  • Esses fármacos ajudam a re-acidificar o meato acústico externo e os veículos ajudam a secá- lo. Ao secar o canal, o meio de crescimento dos microorganismos invasores, em geral Pseudomonas aeruginosa, fica desativado.


2.6. Embalagem E Armazenamento
As preparações otológicas são acondicionadas em recipientes pequenos (5 a 15mL) de vidro ou de plástico, com um conta-gotas. Devem ser geralmente estocadas a temperatura ambiente ou em geladeira.

3. FORMULÁRIO PARA O USO AURICULAR E O SEU EMPREGO
Salvos excepção justificada e autorizada, as preparações auriculares condicionadas em recipientes para dose única contem um conservante antimicrobianos apropriado, em concentrações convenientes, salvo se a si própria, propriedades antimicrobianas suficientes.
Nos casos apropriados, os recipientes destinados às preparações auriculares satisfazem as exigências relativas aos materiais utilizados na fabricação de recipientes e em recipientes.
Podem distinguir-se várias categorias de preparações auriculares:

  • Preparação líquida para instalação ou pulverização auricular;
  • Pomadas para o uso auricular;
  • Preparação para lavagem auricular;
  • Pós para uso auricular;
  • Tampões auriculares.


3.1. Produção
Durante o desenvolvimento das preparações auriculares em cuja formulação se incluiu um conservante antimicrobiano, a eficácia do conservante é demonstrada de modo a satisfazer à Autoridade competente. O texto Eficácia da conservação antimicrobiana descreve um método de ensaio apropriado e indica critérios de avaliação das propriedades antimicrobianas da formulação.
Quando da fabricação, acondicionamento, conservação e distribuição das preparações auriculares são tomadas medidas apropriadas para assegurar a qualidade microbiológica do produto; recomendações a este respeito são fornecidas no texto Qualidade microbiológica das preparações farmacêuticas

4. CONCLUSÃO
Terminada abordagem, pôde concluir-se que as preparações podem ser: pomadas, suspensões e soluções. Normalmente são aplicadas no meato acústico externo em forma de gotas para remoção do cerúmen para tratamento de infecções, inflamações ou dores otológicas. Os fármacos com atividade anti-infeciosa de uso tópico na orelha incluem cloranfenicol, sulfato de colistina, neomicina, sulfato de polimixina B e nistatina.
Tais fármacos geralmente são formulados em veículos como glicerina, propilenoglicol, devido: Viscosidade e do Caracter higroscópico. Pode-se utilizar também fármacos analgésicos como antipirina e anestésicos locais como lidocaina, benzocaina, dibucaina. Além de anti-inflamatórios como alguns corticosteroides (hidrocortisona, dexametasona).
Constatou-se também que a audição é ela a responsável por desenvolver os processos da perceção, da fala e da comunicação, permitindo assim a interacao com as pessoas que estão à nossa volta. A audição é um sentido inteligente que funciona como um receptor especializado que recebe e interpreta os estímulos externos.

5. BIBLIOGRAFIA
1. ALLEN JR,L.V; POPOVICH, N.G.; ANSEL,H.C. Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 8 ed. Porto Alegre, Artmed, 2007.
2. ANSEL. H.C., PRINCE,S.J.. Manual de cálculos farmacêuticos. Editora Artmed. 2005 4. ERIC S. GIL. Controle físico-quimico de qualidade de medicamentos, 3° ed Ed. Pharmabooks. 2010
3. BATISTUZZO, JOSE ANTONIO. Formulário médico-farmacêutico . Ed. 3. Editora Tecnopress. 2006
4. FERREIRA, A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral. 3. ed. São Paulo: PharmaBooks, 2008. v.1 e v.2
5. AULTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. Trad. De George Gonzalez Ortega et. all. 2ª. Ed., Porto Alegre, Artmed
6. VILELA, M. A. P; AMARAL,M. P; H Controle de qualidade na farmácia de manipulação. Editora Omega, 2009
7. VILLANOVA, J.C.O.; SA, V.R. Excipientes: guia prático para padronização.1 ed. Editora Pharmabooks. 2009
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