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Vida e Obra de Platão

Introdução
Houve um filósofo e matemático do período clássico da Grécia, foi autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Este chamou-se Platão, Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles. Assim sendo o presente trabalho visa abordar a vida e obra do Platão e o que ele defendeu na natureza.

VIDA DE PLATÃO
"Vi que o género Humano não mais seria libertado do mal se antes não fossem ligados ao poder os verdadeiros filósofos, ou os regedores do estado não fossem tornados, por divina sorte, verdadeiramente filósofos." (Platão, Carta VII).
Platão nasceu em 427 a.c.. Era filho de Perectioné e Aríston, homem rico cuja genealogia remontava aos primórdios de Atenas. Aríston deu ao filho, a quem chamou de Aristocles, a melhor educação que se poderia dar a alguém naquela época. Platão - palavra que se utilizava para designar homens com ombros largos - foi a alcunha que Aristocles adquiriu, ainda novo, por causa da sua constituição física. Platão não teve esposa, nem deixou filhos.
Seu professor, Sócrates, não escreveu seus ensinamentos. Platão, como discípulo de Sócrates, escreveu muito dos ensinamentos que lemos dele. Porém, nos diálogos, Platão faz do personagem Sócrates porta-voz de seus próprios pensamentos, de modo que é difícil estabelecer quais são os ideais de Platão e quais são os de Sócrates. 
Em 399 a .C. Platão testemunhou o julgamento e a condenação de Sócrates, tendo sido acusado de corromper a mente dos jovens e não acreditar nos deuses. Após a execução de Sócrates, revoltado com a democracia Ateniense e talvez preocupado com sua própria segurança, Platão deixou Atenas e foi para a Sicília e para o Egito, onde passou aproximadamente dez anos viajando. 
Em 387, com seu regresso a Atenas, Platão fundou uma Academia, uma instituição tida como a primeira universidade da Europa. A Academia oferecia um currículo de matérias tais como astronomia, biologia, ciências políticas e filosofia. Aristóteles foi o aluno mais famoso da Academia. A Academia de Platão se manteve em funcionamento por mais de novecentos anos. 
Em 367 Platão retornou a Sicília tentando influenciar a política local com seus ideais, mas logo voltou a Academia em Atenas onde passou o resto de sua vida, com exceção de algumas viagens, onde ensinava e escrevia. Platão faleceu em 347 a .C., com oitenta anos de idade. 
Em risco de ser perseguido, por ser aluno de Sócrates, Platão viajou para o Egipto, para a Sicília e para a Itália. No Egipto aprendeu tudo sobre o relógio de água que  mais tarde  introduzidu na Grécia. Em Itália conheceu o trabalho de Pitágoras e começou a apreciar o valor da Matemática.
Quando retornou a Atenas,  por volta de 387 a.c., Platão fundou uma escola denominada Academia à frente da qual se manteve até à sua morte, em 347 a.c.. Profundamente decepcionado com a sua própria experiência política, dedicou-se à educação dos jovens que iriam assumir cargos de governo no futuro e que, assim, seriam capazes de melhorar a liderança política das cidades da Grécia.

OBRAS DE PLATÃO
Fases dos Diálogos 
Os ensinamentos de Platão foram escritos em forma de dialogo, de uma conversa ou um debate entre várias pessoas. 
Seus diálogos são divididos em três fases. A primeira fase é representada com Platão tentando comunicar a filosofia de Sócrates. Muitos dos diálogos tem a mesma forma. Sócrates encontra alguém que diz que sabe muito. Sócrates se diz ignorante a procura de conhecimento e faz várias perguntas, mostrando que aquele que se dizia mestre no assunto realmente não sabe nada. 
Os diálogos da segunda e terceira fase relatam as próprias idéias de Platão, por mais que ele continue a utilizar Sócrates como personagem em seus diálogos. 

Teoria das Formas 
A parte central da filosofia de Platão é a teoria das formas, ou o mundo das idéias. 
 Idéias ou formas são arquétipos imutáveis. De acordo com Platão só essas idéias/formas são constantes e reais. Platão divide o mundo em duas partes – o mundo das idéias, onde tudo é constante e real, e o mundo físico em que vivemos, onde o fluxo é constante e a realidade é relativa. As formas então mantém a ordem e a estrutura das idéias do mundo. 
Platão distinguiu entre dois níveis de saber: opinião e conhecimento. Afirmações relacionadas com o mundo físico, Platão as considerava uma opinião, mesmo que estivessem baseadas na lógica ou na ciência. Segundo Platão, o conhecimento é derivado da razão e não da experiência. Ele pregava que somente através da razão atingimos o conhecimento das formas. 
Platão diz que as formas têm uma realidade que vai além do mundo físico por causa de sua perfeição e estabilidade. O mundo físico se parece com as formas, mas devido a constantes mudanças nunca chega a sua perfeição. 
Um exemplo para entender a diferença entre o mundo das formas e o mundo físico é dado por Platão em termos matemáticos. Devido ao mundo das formas temos a concepção de um círculo perfeito – totalmente redondo, composto de uma série de pontos que apresentam exatamente a mesma distancia do ponto central. No mundo físico, porem, essa figura não é vista. Círculos nunca são desenhados perfeitamente. A idéia do círculo existe e é imutável, porem ela só pode ser conhecida pela razão e não pela experiência do círculo perfeito no mundo físico. 
Platão aplica sua teoria a conceitos como beleza, justiça, bondade, entre outros. A pessoa é bela ou justa por que nela há algo que se parece com a forma do belo ou do justo, presente no mundo das idéias. O amor no mundo das idéias também é perfeito, daí vem a expressão amor platônico, utilizada nos dias de hoje. 

Teoria Política 
A República é a maior e mais reconhecida obra política de Platão. A obra se foca na questão de justiça: Como é um Estado justo? Quem é um individuo justo? 
Segundo Platão, a melhor forma de governo é a aristocracia por mérito. Platão divide o estado ideal em três classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filósofos-reis. Os filósofos-reis são encarregados de governar o país. As classes não são hereditárias, elas são determinadas pelo tipo de educação obtida pela pessoa. Com maior nível de educação a pessoa se pertence à classe dos filósofos-reis. 
A República aborda diversos temas sobre justiça, governo e apresenta um governo utópico.

O que Platão defendeu na Natureza
Cerca de 2500 anso atrás, na Antiga e remota Grécia, o filósofo Platão estava disposto a acabar com a filosfia e o modo de vida dos sofistas, menos a do filósofo Sócrates, que ra considerado o bom sofista. Os sofistas vendiam seus discursos. Tinham uma grande retórica, palavras belas e bonitas, mas o conteúdo nãp possuia validade alguma. Platão buscou no seu dualismo psicofíco a solução dos problemas: os problemas e as más atitudes era consequência de que as almas ao cairem do mundo intelegível entraram num estado de esquecimento. Para que aconteça a arte da verdade era necessário buscar a contemplação do sumo bem. Quando a alma contemplar a verdade ela deveria ter um princípio ético de voltar e propagá-la aos demais. A arte da não-violência consistiria no convencimento.
Usar a arte de convencer para propagar a verdade. Na defesa da natureza é necesário esta mesma arte. Incitar a todos que o homem poderá acabar com a sua existência e que no princípio universal cabe a ele aplicar esta mesma arte do convencimento na defesa do bem comum a todos: A VIDA. O objetivo para platão era criar um Estado Ideal e para nós será um mundo ideal que preserve a existência gerada pela natureza nestes milhões de anos. Se isto não acontecer devemos nos fazer esta pergunta: "O que eu fiz para salvar tal descaso humano"? A natureza cria a vida e a sua própria criação rebelou-se contra a mãe.

Conclusão
Após a abordagem da vida e obra do Platão, concluiu-se que Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Platão, não só foi um dos maiores Filósofos de todos os tempos, como um dos maiores escritores da História da Humanidade. Deixou cerca de trinta textos sob a forma de diálogo. Diálogos que não têm Platão como protagonista. Na maioria, é Sócrates que aparece como figura principal e pensa-se que, nos primeiros, Platão estará realmente a exprimir o pensamento do mestre.
Este filósofo se encontrava no limiar de uma época, entre os valores antigos e um novo mundo que emergia, o que lhe propiciou uma riqueza de idéias sem igual. Ele tinha o poder de abordar os temas mais diversos, mais com a força da paixão e da criatividade artística do que com a lucidez da razão. Sua obra é um dos maiores legados da Humanidade, abrangendo debates sobre ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Bibliografia
Bento Silva Santos. A imortalidade de alma no Fédon de Platão: coerência e legitimidade do argumento final (102a-107b).
REALE, Giovanni. História da filosofia grega e romana - Platão

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