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A Crise do Colonialismo Português, A Independência Nacional e seu Significado

Introdução
A opressão secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano a pegar em armas e lutar pela independência. 
A luta de libertação Nacional, foi dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique).
Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente).

A Crise do Colonialismo Português
Depois da vitória sobre os portugueses durante o “Nó Górdio” a FRELIMO ganhava cada vez mais força. Todas as colónias começavam a libertar-se do jugo dos portugueses. A pouco e pouco, os movimentos de libertação nacionais das colónias portuguesas faziam o mesmo que os das colónias de outras potências industriais. As colónias tornavam-se independentes.
Mas o colonialismo português já estava em crise há muito tempo, tal como o regime pesado do Estado Novo. O país estava mais pobre desde que entrara na guerra colonial, e não eram só os recursos económicos que rareavam, as pessoas também. A Guerra Colonial viu morrer muitos portugueses e em cada morto ou doente havia uma família descontente e revoltada com o regime.
O descontentamento era generalizado. Até a Igreja deixara de apoiar, ou deixou de não contestar, a atitude do regimes Paulo VI recebeu, a 1 de Julho de 1970, três líderes de movimentos de libertação africanos: Marcelino dos Santos, de Moçambique, Agostinho Neto, de Angola, e Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Esta notícia caiu como uma bomba em Portugal. Por um lado, o Governo de Marcello estava contra esta visita e, por outro, o povo católico começava a cimentar as suas dúvidas em relação ao regime.
Desde que Marcello Caetano tomou posse do Governo do Estado Novo notava-se a decadência do regime. Essa decadência acabou por levar à sua queda. As guerras coloniais já duravam há mais de uma década e Portugal era, no Início da década de 70, um país pobre, inculto, atrasado e sem esperança para os jovens, O descontentamento das populações e dos militares, sobretudo os de baixa e média patentes, levou à queda do regime em 1974, no 25 de Abril. A crise do colonialismo chegou ao fim e o Governo Provisório logo se apressou a negociar as descolonizações.

A Independência Nacional
A República Popular de Moçambique
Depois do 25 de Abril de 1974, deixou de haver Estado Novo para negociar. Por isso, os moçambicanos passaram a ter como interlocutores os membros do MFA, Movimento das Forças Armadas que havia ganho a revolução portuguesa. As negociações com o MFA permitiram terminar a guerra, depois da assinatura dos Acordos de Lusaka.
Samora Machel assinou os Acordos de Lusaka com os portugueses em 7 de Setembro de 1974, iniciando um processo de edificação de uma nova sociedade, a moçambicana, onde pela primeira vez os moçambicanos conduziram por si os seus destinos.
Nesses acordos ficou estabelecido o seguinte:
  • a data de independência de Moçambique seria 25 de Junho de 1975;
  • iria prontamente (dia 20) entrar em vigor o Governo de transição;
  • o Governo de transição seria liderado por Joaquim Chissano.

A independência de Moçambique foi proclamada, como previsto nos Acordos, no dia 25 de Junho de 1975, por Samora Machel e a multidão que o rodeava, no Estádio da Machava.

A independência e o seu significado
A independência Nacional significou para a maioria do povo de Moçambique o início de uma nova era de liberdade, o fim do sistema colonial português e o nascimento de uma nova nação africana, a República Popular de Moçambique.

Discurso de Samora Machel na proclamação da Independência Nacional no dia 25 de Junho de 1975, no Estádio da Machava
Moçambicanas e moçambicanos, operários e camponeses, trabalhadores das plantações, das serrações e das concessões, trabalhadores das minas, dos caminhos-de-ferro, dos portos e das fábricas, intelectuais, funcionários, estudantes, soldados moçambicanos no exército português, homens, mulheres e jovens, patriotas:
Em vosso nome às zero horas de hoje, 25 de Junho de 1975, o Comité Central da FRELIMO proclama solenemente a independência total e completa de Moçambique e a sua constituição em República Popular de Moçambique.
A República que nasce e a concretização das aspirações de todos os moçambicanos, e a extensão a todo o país da liberdade já conquistada durante a luta armada de libertação em algumas partes do nosso país, é o produto do sacrifício dos combatentes nacionalistas de todo o Povo Moçambicano e a concretização da nossa vitória.

Conclusão
Terminado trabalho, concluiu-se que as negociações entre a administração portuguesa, através do MFA, e a FRELIMO culminaram na assinatura dos Acordos de Lusaka em 7 de Setembro de 1974 na Tanzânia, com a transferência de soberania para as mãos da organização moçambicana. No entanto, a situação dos colonos não ficou bem definida, principalmente no que dizia respeito às suas propriedades, restantes bens e situação profissional, o que levou a uma insatisfação generalizada entre estes, dando origem a uma série de levantamentos.
A formalização da independência de Moçambique ficou, finalmente, estabelecida em 25 de Junho de 1975, o 13º aniversário da fundação da FRELIMO.

Bibliografia
  • BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique, Lda., Maputo, 2010
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013
  • PEREIRA, Luís José Barbosa, Pré-Universitário 12, 1ª ed., Longman Moçambique Lda., Maputo 2010
  • www.aulasdemoz.com

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