Esta diferenciação social reflectia-se também no ensino e na saúde. A maioria dos moçambicanos não tinham recursos económicos que permitissem suportar os custos do ensino.
Além disso, as poucas escolas existentes estavam concentradas nos centros urbanos, longe das zonas-rurais onde vivia a maior parte da população.
Havia duas espécies de ensino: um na cidade - o ensino oficial, outro no interior - o ensino de adaptação ou ensino rudimentar.
Este último era feito nas missões. Limitava-se a iniciar os alunos na aprendizagem da lingua portuguesa e tinha como principal objectivo espalhar a religião cristã, que foi uma grande aliada do sistema colonial, porque pregava a resignação e a aceitação da exploração.
Nas colónias, a ligação do Estado fascista português com a Igreja Católica, estava regulamentada pelo Acto Missionário de 1940 e pelo Estatuto Missionário de 1941.
Através destes acordos, que tinham por base a Concordata, o governo português comprometia-se a proteger e subsidiar a acção dos padres e missionários enviados para as colónias.
O governo fascista apoiava a Igreja Católica na sua obra de evangelista dos povos das colónias. Em troca, a Igreja Católica apoiava a sua política de dominação colonial.
O analfabetismo foi uma das características da política do colonialismo e do fascismo.
Na saúde, o aspecto geral era o mesmo. Só havia hospitais e médicos nas grandes cidades, estando o Povo moçambicano, portanto, privado de assistência médica.
Como as autoridades não tinham nenhum interesse pelas condições de saúde do povo, não faziam campanhas de educação sanitária.
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