Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


Panorama da população Italiana: origem e história

O quadro das entidades étnicas da Península Itálica nos inícios do I milénio a. C. é bastante diversificado, sendo algo arriscado proporcionar, de forma muito sumária, um panorama desta realidade muito complexa. Referem ‑se, no entanto, as mais importantes, tratando brevemente as questões do seu âmbito territorial, da sua identidade cultural e linguística.

Lígures
No panorama das populações antigas da Península Itálica, os Lígures10 constituem um dos casos mais problemáticos. Aparecem na literatura clássica como um povo de antiquíssimas origens e essa mesma ideia manteve ‑se na tradição historiográfica. Embora a sua distribuição geográfica se centre, em período histórico, no noroeste da Itália e sudeste de França, atribuíram ‑lhes, em momentos anteriores, muito maior amplitude, associando ‑os a um fundo linguístico constituído especialmente por alguns topónimos e etnónimos. Esses elementos, nem sempre fiáveis, apresentariam uma larga dispersão pelo espaço mediterrâneo e, inclusivamente, pelas costas atlânticas. Na realidade, os reduzidos elementos atestados na região que se lhes atribui não permitem decidir sobre a posição dessa língua no quadro global.
A designação de "lígure" é, por vezes, atribuída a uma outra realidade mais conhecida como lepôntico . A existência, na vertente itálica do arco alpino, de populações falantes de uma língua céltica encontra ‑se atestada desde fases mais precoces, num conjunto de inscrições grafadas no "alfabeto de Lugano", de ascendência etrusca. De facto, é pacífico que corresponde a uma língua céltica continental, documentada num conjunto de epígrafes dispersas numa ampla área que tem como centro geográfico os lagos Maggiore e de Como.

Réticos
Ao contrário do que acontece com o lígure, não restam dúvidas sobre a natureza do rético , uma língua documentada em cerca de 200 inscrições num alfabeto similar ao venético e, tal como ele, filiado no etrusco. As epígrafes distribuem ‑se pela zona pré ‑alpina italiana e pelo arco alpino oriental, abarcando todo o Tirol e Trentino ‑ Alto Ádige, mas estendendo‑se até ao Véneto, de Verona a Pádua . Estes documentos atestam uma realidade que se tem aproximado igualmente da língua falada pelos Etruscos , confirmando ‑se, deste modo, uma filiação que já os autores antigos tinham assinalado .

Etruscos
A origem dos Etruscos constitui, desde a antiguidade, um tema controverso. As três principais teorias que em boa parte radicam nas considerações dos autores clássicos apresentam ‑se aos olhos da historiografia com um problema de fundo: a impossibilidade de optar com fundamento por uma das diferentes hipóteses. Na realidade, a questão principal não deve situar ‑se nesse plano, mas em perceber o processo de desenvolvimento cultural das comunidades que desde o Bronze Final se identificam como etruscas, que a arqueologia moderna associa com a cultura vilanovense ou com o seu antecedente.
Os Etruscos, em torno do quais se desenvolveu em determinado período a ideia de possuírem uma língua tão misteriosa quão problemática constituem, sem dúvida, a mais notável das entidades itálicas que integram o grupo dos que não possuem uma língua indo ‑europeia. Graças ao número elevado de textos (mais de 9000) e às possibilidades de confrontação com outras realidades conhecidas perdeu esse caráter enigmático, permitindo a sua descrição parcial, nos planos morfológico, sintático e semântico . Torna ‑se, por isso, viável uma compreensão, pelo menos parcial, do conteúdos dos documentos que a atestam.
Para além do etrusco, um antigo falar não integrável no domínio indo‑europeu atestar ‑se ‑a na área setentrional do Piceno, conhecido como "língua picena setentrional" ou "da estela de Novilara" e a respeito do qual a informação se revela ainda muito escassa e problemática.

Messápios
Uma outra componente muito particular das populações itálicas ocupa a parte meridional das costas adriáticas, da qual fazem parte os Messápios ou Iapígios que ocupam grosso.modo.o que será a atual região da Apúlia. Na sua aceção mais ampla, registada nas fontes clássicas (Plb. 3.88; Th. 7.33), o termo abarca Dáunios, Peucécios e Iapígios, na ordenação de norte para sul, cabendo a estes últimos, também chamados Messápios, em sentido estrito, o extremo da península.
Atribui ‑se ‑lhes uma origem ilírica, tendo especialmente em conta as fontes clássicas e o que se conhece da sua língua, o messápico . Em sentido mais restrito, a península salentina, onde se situa a maioria dos seus vestígios .
A documentação que lhe diz respeito c onsiste essencialmente numas centenas de inscrições que adotam um alfabeto afiliado no grego, em especial numa variante lacónico ‑tarentina , com ligeiras adaptações que se traduziram essencialmente na introdução de um número reduzido de novos signos, destinados a suprir as carências do sistema de signos. Cronologicamente, os materiais epigráficos abarcam um arco cronológico que vai dos finais do séc. VI ao II a. C.
Os nossos conhecimentos sobre a sua língua são muito limitados, uma vez que restringindos quase exclusivamente a antropónimos reportados sobretudo por inscrições funerárias ou grafitos em objetos cerâmicos. Os elementos disponíveis têm levado alguns autores a postularem a integração desta língua indo ‑europeia no grupo ilírico. No entanto, as fortes incertezas a respeito das realidades linguísticas, designadas como ilíricas, do outro lado do Adriático recomendam que não se atribua o messápio a uma família concreta.

Vénetos
Na parte setentrional da costa adriática regista ‑se a presença de populações venéticas . A tradição clássica atribui ‑lhes uma origem exógena, conjecturando hipóteses de migrações a partir de várias regiões da Ásia Menor ou da região ilírica , algumas das quais obtiveram crédito de alguma historiografia moderna. No entanto, o mais provável é que correspondam a populações há muito instaladas no território itálico, pelo menos desde a Idade do Bronze. Para tal conclusão contribuiu a natureza da sua língua, o venético , uma língua indo ‑europeia antiga que se costuma integrar no grupo itálico . Alguns autores, todavia, embora reconheçam as afinidades com as línguas antigas dessa família, consideram não existir dados que permitam sustentar a sua integração nela.
A documentação pertinente corresponde em particular a inscrições, atestadas inicialmente numa variante setentrional do alfabeto etrusco e mais tardiamente em carateres latinos. Estes documentos que ocorrem num espaço compreendido aproximadamente entre curso do Pó, área em que a concentração é maior , e o atual território de fronteira entre a Itália e a Eslovénia. Estes vestígios ajudam a delimitar de forma mais precisa o que poderia constituir o âmbito geográfico desta entidade.

Sículos
Os Sículos aparecem em período histórico na Sicília oriental, compondo, segundo as fontes, um quadro variado de populações que em diferentes épocas aí se instalaram. Aponta ‑se ‑lhes uma origem na Península Itálica, esclarecendo Tucídides que a sua movimentação era muito antiga e se deveu a uma pressão dos Ópicos (Th. 6.2), enquanto Dionísio de Halicarnasso (D.H. 1.9) vê neles os primeiros habitantes de Roma, expulsos por uma aliança entre os aborígenes e os Gregos. A arqueologia tem associado o estabelecimento dos Sículos no seu novo território insular à presença de um conjunto de vestígios materiais enquadráveis no protovilanovense (achados em Milazzo ), com uma cronologia que corresponde aos finais do 2.º milénio.
As considerações das fontes clássicas sobre a sua origem parecem encontrar apoio na historiografia moderna, em especial em algumas observações de natureza linguística. De facto, alguns estudiosos atuais, para além de aceitarem como relativamente pacífico que o sículo, falado em período histórico na Sicília oriental, é uma língua indo ‑europeia, sustentam as suas afinidades com o latim e o falisco , integrando ‑a, portanto, no grupo itálico. No entanto, são igualmente patentes algumas similitudes com o osco ‑úmbrico. Todavia, o nosso desconhecimento a respeito do sículo recomenda uma postura cautelosa.

Picenos
Numa faixa não muito larga da costa adriática, ocupando um espaço que se reparte entre as regiões italianas das Marcas e, parcialmente, dos Abruzos, numa extensão de aproximadamente 200 km, costuma situar ‑se uma realidade cultural que se designa como a "civilização picena". Para designar os habitantes desta região as fontes clássicas alternam entre a forma Piceni e Picentes .. Segundo a tradição literária esta entidade corresponderia a sabinos emigrados (Str. 5.3.1; Plin. Nat. 3.110), que, de acordo com o texto pliniano, teriam empreendido uma incursão nessa região na sequência de um ver.sacrum .
Os mais antigos vestígios que conferem identidade a este mundo remontam ao séc. IX, originalidade que se prolonga até ao momento dos contactos mais estreitos com Roma. Para além de se conhecerem as necrópoles, foram identificados também os povoados, ainda que o nosso conhecimento atual destas últimas realidades se encontre mais limitado pela falta de trabalhos arqueológicos.
Na área atribuída a esta entidade atestam ‑se vestígios de pelo menos duas línguas: na parte setentrional uma, a que se aludiu, considerada geralmente não indo ‑europeia; na parte meridional, uma outra que pertence ao domínio linguístico osco ‑úmbrico. Ainda que esta última se encontre atestada num número escasso de documentos , a sua integração no âmbito dos dialetos sabélicos , do grupo a que se aludiu acima, é geralmente aceite.

Umbros
A sul dos Picenos, ocupando as áreas apenínicas centrais da Itália, dominava um conjunto de populações com amplas afinidades culturais, para os quais alguns autores usam o termo Sabélicos . Quando se trata de individualizar as realidades étnicas mais antigas deste conjunto, apresentam ‑se essencialmente os Umbros, Oscos e Picenos, seguindo uma subdivisão baseada na evidência linguística.
Os Umbros, segundo a enciclopédia pliniana um antiquíssimo.povo. da.Itália.(Plin. Nat..3,112), apresentam ‑se como uma entidade que ocupa, em período proto ‑histórico, uma boa parte do Apenino Central, bem como algumas áreas adjacentes, tanto na vertente adriática como na tirrénica. Ao longo do primeiro milénio o seu território sofrerá oscilações substanciais, devido à pressão de vários povos, em especial de Etruscos e Gauleses, até à sua submissão aos romanos. Uma das principais marcas da sua individualidade reside na sua língua, atestada por um conjunto de documentos, tanto em alfabeto próprio, subsidiário do etrusco, como no latino, de entre os quais sobressaem as famosas Tabulae.Iguvinae. Na realidade, os falares úmbricos são bastante diversos, abarcando em especial os dialetos falados no sul do Piceno, o sabino, o marso, o volsco e o chamado pré‑samnita.

Oscos
O conjunto de populações designadas como oscas ocupava um território que continuava o dos Umbros, correspondendo a uma boa parte do território meridional da Península Itálica. Existe uma substancial divergência no que respeita às relações entre as múltiplas entidades que integrariam este nome de natureza mais genérica. Em parte porque, à medida que se multiplicam as referências dos autores clássicos aos povos itálicos, o quadro se torna cada vez mais complexo.
Os seus vestígios epigráficos entre os quais sobressaem a tábua de Bântia e o cipo de Abela foram grafados em diversos alfabetos: etrusco, grego e latino.
No plano linguístico, o panorama define ‑se, por uma relativa unidade que se consagra na existência de uma língua osca, dominante no território itálico meridional no período da conquista romana desses territórios. De qualquer modo, no seu âmbito se definem alguns dialetos que de alguma forma traduzem a diversidade desse mundo, especialmente o hérnico, o marrucino, o samnita e o peligno (Marinetti 1999; Prosdocimi 1978 825 ‑912).

Latinos
Como se viu, a realidade histórico ‑cultural coetânea da fundação tradicional de Roma associa ‑se, no plano arqueológico, ao que se designa como a "cultura lacial". Nela se integram as diferentes comunidades do antigo Lácio, em particular os territórios de Roma e o dos Montes Albanos, no âmbito dos quais se situava a cidade de Alba Longa (ligada à ocupação dispersa pelo sudoeste do Lago Albano), cidade que, segundo uma tradição recolhida por Dionísio de Halicarnasso e retomada na epopeia virgiliana (Verg. Aen. 1.267), teria sido fundada por Ascânio /Julo. Por outro lado, também Lavínio (atual Pratica di Mare, junto à costa tirrénica), lugar onde teria aportado Eneias, se configuraria como outro dos núcleos importantes deste passado remoto que associam uma forte tradição mítica com os vestígios materiais de um presença humana precoce.
Para além das afinidades que se revelam nos restos materiais, a estas populações se ligam igualmente tradições religiosas que se assumem, em determinado momento da organização federal destas comunidades, como um património comum. Talvez o caso mais conhecido seja o santuário de Diana de Arícia, junto ao Lago de Nemi, onde, para além de um templo mais recente, se atestam vestígios que remontam aos inícios do I milénio a. C.
Outro elemento de ligação destas comunidades residia na sua língua, cuja versão romana se veio a difundir com a expansão territorial da Urbe. Naturalmente, nenhum dos falares latinos, algo diferenciados entre si, se pode comparar com o que conhecemos da língua de Roma, uma vez que das outras realidades dialetais do Lácio, como o prenestino ou o lanuvino, pouco nos chegou.

Faliscos
Entre as múltiplas entidades da Itália contemporâneas das origens de Roma encontra ‑se uma, de pequena dimensão, mas cuja individualidade se encontra bem documentada, não apenas por aspetos de natureza arqueológica e histórica, mas também pela sua língua. Os Faliscos eram vizinhos da Urbe, uma vez que a sua cidade mais importante, Falérios (atual Cività Castellana), distava dela cerca de 70 km. O seu território, na margem direita do Tibre, confrontava igualmente, em período histórico, com os Etruscos, em particular com Veios, e com os Sabinos.
Conhecem ‑se cerca de uma centena de inscrições, num alfabeto similar ao latino arcaico, que transcrevem a língua local, muito fragmentariamente atestada . O falisco constitui uma realidade cuja posição no quadro linguístico da Itália antiga não deu lugar a muitas controvérsias, assumindo ‑se como relativamente pacífico que se trata de uma realidade com grandes afinidades com as línguas das populações latinas . Alguns autores sublinham, todavia, algumas peculiaridades que a aproximam do osco ‑úmbrico , com o redobro do perfeito, o que é natural num quadro evolutivo próprio em que alguns traços conservadores se podem manter. Alguns autores identificaram ainda algumas influências, especialmente na grafia e na fonética, devidas ao contacto com o mundo etrusco .
Este quadro, muito simplificado, resume um panorama cultural e linguístico muito complexo e em relação ao qual, com frequência, escasseiam os dados. Compreendem ‑se, deste modo, as incertezas sobre muitos dos aspetos tratados e a diversidade das interpretações que historiadores e linguistas patenteiam.


Bibliografia

Ampolo, C. et al. (1989), Italia.omnium.terrarum.parens. Milano, Scheiwiller.

Antonelli, L. ed. (2003), I.Piceni:.corpus.delle.fonti,.la.documentazione.letteraria. Roma, L'Erma di Bretschneider.

Bakkum, G. C. L. M. (2009), The.Latin.Dialect.of.the.Ager.Faliscus:.150.Years.of.Scholarship. Amtserdam, Universiteit.

Bartoloni, G. (2002) ‑  La.cultura.villanoviana. Roma, Carocci.

Bernabò Brea, L., Cavalier, M. (1956), "Civiltà preistoriche delle Isole Eolie e del territorio di Milazzo", Bullettino.di.Paletnologia.Italiana.67 7 ‑98.

Bonfante, G., Bonfante, L. (2002), Etruscan.language,.revised.edition. Manchester, University Press.

Campanile, E. (1968), "Studi sulla posizione dialettale del latino", SSL.8 16 ‑130.

Carandini, A. (1997),.La.nascita.di.Roma:.dèi,.lari.e.uomini.all'alba.di.una.civiltà..Torino, Einaudi.

Devoto, G. (1959), "Siculo e protolatino", SE 27 141‑150. 

Facchetti, G. M. (2002), "Appendice sulla questione delle affinità genetiche dell'Etrusco" in Appunti.di.morfologia.etrusca. Firenze, Olschki 111– 150.

Fogolari, G., Prosdocimi, A. L. (1987), I.veneti.antichi.:.lingua.e.cultura..Padova, Studio Editoriale Programma.

Giacomelli, G. (1978), "Il falisco" in Populi.e.civiltà.dell'Italia.antica,.vol..VI:.Lingue.e.

dialetti..Roma 505 ‑542.

Lejeune, M. (1974), Manuel.de.la.langue.vénète. Heidelberg, Carl Winter.

Lejeune, M. (1988),.Recueil.des.inscriptions.gauloises:.II.1.Textes.gallo.‑étrusques..Textes.

gallo.‑latins.sur.pierre..Paris, CNRS.

Mancini, A. (2009 ‑2010), Iscrizioni.retiche. 2 vol. Padova, Unipress.

Marinetti, A. (1999), "Le iscrizioni sudpicene" in I.Piceni,.popolo.d'Europa. Roma 134‑138. 

Morandi, A. (1999), Il.cipo.di.Castelciès.nell'epigrafia.retica, Roma, L'Erma di Bretschneider.

Peroni, R. (1989), Protostoria.dell'Italia.continentale:.La.Penisola.italiana.nelle.Età.del. Bronzo.e.del.Ferro..Roma..

Poucet, J. (1967), Recherches.sur.la.légende.sabine.des.origines.de.Rome. Louvain, Université. Prosdocimi, A. ed. (1978), Populi.e.civiltà.dell'Italia.antica,.vol..VI:.Lingue.e.dialetti..Roma. Pugliese Carratelli, G. ed. (1986), Rasenna..Storia.e.civiltà.degli.Etruschi. Milano, Scheiwiller.

Pugliese Carratelli, G. ed. (1988),.Italia,.omnium.terrarum.alumna. Milano, Scheiwiller.

Quilici, L. (1979), Roma.primitiva.e.le.origini.della.civiltà.laziale. Roma, Newton ‑Compton.

Rix, H. (1998), Rätisch.und.Etruskisch..Innsbruck, Universität.

Rix, H. ed. (2009), Sabellische.Texte:.die.Texte.des.Oskischen,.Umbrischen.und.Südpikenischen. Heidelberg, K. Winter.

Simone, C. de (1992), "La lingua messapica: tentativo di una sintesi" in.Atti.XI.Convegno.di. studio.della.Magna.Grecia,.Taranto.1971. Napoli 125 ‑201.

Simone, C. De, Marchesini, S.  (2002), Monumenta.linguae.messapicae. Wiesbaden

Solta, G. R. (1974), Zur.Stellung.der.lateinischen.Sprache. Wien, Österreichische Akademie der Wissenschaften.

Untermann, J. (2000), Wörterbuch.des.Oskisch.‑Umbrischen..Heidelberg, K. Winter.

Wallace, R. E. (2004), "Venetic" in Woodard, R. D., The.Cambridge.Encyclopedia.of.the.world's.

ancient.languages. Cambridge, University Press 840 ‑856.

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades