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Enzimas e seus mecanismos de acção

Introdução
As enzimas apresentam um alto grau deespecificidade, cada enzima possui uma organização estrutural específica, permitindo a ligação apenas do seu substrato,há enzimas que aceitam como substrato qualquer açúcar de seis carbonos, enquanto outras só reconhecem a glicose.
As enzimas são fundamentais para processos bioquímicos celulares tais como:degradação das moléculas nutrientes, transformação e conservação da energia química, síntese de macromoléculas biológicas a partir de moléculas precursoras simples.
A digestãoconsiste no desdobramento das moléculas orgânicas ingeridas nos seus componentes: os glícidos em monossacáridos, as proteínas em aminoácidos e os lípidos em ácidos gordos eglicerol.
A medida que o alimento progride no tubo digestivo, vai-lhe sendo incorporada secreção para os liquefazer, digerir e também para lubrificar.

Enzimas e seus mecanismos de acção
Enzimas -são proteínas globulares responsáveis pela maior parte da actividade química dos organismos vivos. Elas atuam comocatalisadores, que são substâncias que aceleram as reacções químicas sem serem destruídas ou alteradas durante o processo, além de serem extremamente eficientes e poderem ser utilizadas repetidas vezes. Uma só enzima,pode catalisar milhares de reacções químicas. Sua estrutura globular se entrelaça e pode ser composta de uma ou mais cadeias polipeptídeas. Um pequeno grupo de aminoácidos forma o sítio activo, lugar onde o substrato se adere e a reacção química catalisada é favorecida. Cada enzima tem uma especificidade e seus nomes revelam qual é a sua função.
A acção das enzimas se caracteriza pela formação de um complexo que representa o estado de transição. O substrato se une à enzima por meio de inúmeras interacções como as pontes de hidrogénio, electrostáticas, hidrofóbicas, em um lugar específico, o sítio activo. Este sítio nada mais é que um pequeno pedaço ou espaço da enzima, constituído por uma série de aminoácidos que interagem com o substrato.
Um dos mecanismos propostos para explicar a acção enzimática é o chamado modelo chave e fechadura. Este modelo proposto pelo químico alemão Hermann Emil Fischer foi o primeiro sugerido para explicar a interacção entre a enzima e o substrato. Ele supõe que as estruturas do substrato e do sítio activo são exactamente complementares, da mesma forma em que uma chave se encaixa em uma fechadura (a chave representa o substrato, ou seja, a substância sobre a qual atua a enzima e a fechadura representa o sítio activo, que é a entidade tridimensional que possuem as enzimas).
Este modelo foi actualizado quando se descobriu que as enzimas são flexíveis e seus sítios activos podem mudar para que possam se acomodar aos substratos. Esta mudança de forma causada pela união ao substrato se chama encaixe induzido.

Enzimas e seus substratos

Órgão
Substrato
Enzima
Produtos
Boca
Amido
Amílase salivar
Maltose
Estômago
Proteínas
Pepsina
Polipeptídeos
Lípidos
Lípase gástrica
Ácidos graxos e glicerol
Pâncreas
Amido
Amílase pancreática
Maltose
Polipeptídeos
Tripsina
Dipeptídeos 
Lípidos
Lípase pancreática
Ácidos gordos e glicerol
Intestino Delegado
Dipeptídeos 
Erepsina
Aminoácidos
Maltose
Máltase
Glicose+ Glicose
Lactose
Láctase
Glicose + Galactose
Sacarose
Sacarase
Glicose + Levulose

Desnaturação
A desnaturação é um processo que se dá em moléculas biológicas, principalmente proteínas, expostas á condições diferentes aquelas em que foram produzidas, como variações de temperatura, mudanças de pH, força iónica. A proteína perde a sua estrutura tridimensional e,portanto, as suas propriedades. Esteprocesso é irreversível. Dois exemplossimples de desnaturação ocorrem:
Ao pingar gotas de limão no leite, o pH é alterado, causando a desnaturação das proteínas, que se precipitam na forma de coalho;
Ao cozer ovo, o calor modifica irreversivelmente a clara, que é formada pela proteína albumina e água.
A desnaturação também atinge enzimas, que realizam funções vitais no corpo. Por isso que os médicos preocupam-se antes em baixar a febre do que descobrir a causa, pois a alta temperatura pode destruir enzimas de funções vitais.

Digestão
É a degradação química dos alimentos ingeridos em moléculas absorvíveis.
Os alimentos sofrem, durante a digestão, uma acção mecânica e uma acção química.
A acção mecânicaé desenvolvida pela língua, pelos dentes e pelos movimentos peristálticos que ocorrem ao longo de todo o tubo digestivo. 
A acção químicaé provocada pelos sucos digestivos (possuem enzimas) produzidos pelos diferentes órgãos do sistema digestivo.

Na boca
Ocorre à digestão parcial onde os alimentos sofrem acção mecânica da língua e dos dentes accionados pelos movimentos do maxilar inferiormastigação e são envolvidos com a saliva que é insalivação lubrificando o alimento, formando o bolo alimentar.

Na faringe
Pertence tanto ao sistema digestório quanto ao respiratório. Ao passar à comida a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe. Da faringe o alimento atinge o esôfago através do processo de deglutição.

No esôfago
Canal musculoso (atravessa o diafragma) que liga a faringe ao estômago. É nele que se iniciam os movimentos peristálticos que através destes o bolo alimentar é empurrado até ao estômago.

 No estômago
Ocorre a 2ª etapa da digestão química. O bolo alimentar é transformado antes de passar ao intestino delgado.As paredes do estômago estão forradas por glândulas gástricas que segregam o suco gástrico (que contém enzimas, ácido clorídrico, muco).Os movimentos peristálticos permitem misturar os alimentos com o suco gástrico, originando uma mistura líquida – o quimo.

No intestino delgado
Ocorre a 3ª etapa da digestão química. No intestino delgado ocorrem as últimas fases da digestão, mas também as mais importantes.Quando o quimo passa para o duodeno, estimula a secreção do suco intestinal que contém várias enzimas.Também o fígado lança o suco biliar, que não é enzimático, e o suco pancreático produzido no pâncreas. Os nutrientes encontram-se agora na sua forma mais simples e em conjunto com as substâncias que não sofreram digestão (água, vitaminas, sais minerais, celulose) formam o quilo. O intestino delgado é a principal área de absorção dos nutrientes. A absorção é muito eficiente devido à presença das válvulas coniventes (pregas).

No intestino grosso
Há reabsorção de água e sais minerais,síntese das vitaminas k e B2 por ação microbiana,formação do bolo fecal. As substâncias não digeridas passam para o intestino grosso misturadas com água. Aqui ocorrerá a absorção da maior quantidade possível de água.No intestino grosso podemos encontrar algumas bactérias que desempenham um importante papel no fabrico de certas vitaminas que depois são absorvidas pelo sangue.Os restos dos alimentos formam as fezes que serão expulsas pelo ânus.

Órgãos anexos
Fígado
Produz a bile (não possui enzimas), que tem por função emulsificar os lipídeos para facilitar a acção da lipase e neutralizar a acidez do quimo. Além disso, o fígado armazena vitaminas e ferro.
Pâncreas
Libera suco pancreático para o duodeno. Neutraliza a acidez do quimo, produz enzimas as principais que são:tripsina,amilase pancreática elipase pancreática.

Conclusão
Findo o trabalho conclui-se que as enzimas desempenham um papel importante visto que aceleram as reacções químicas de forma selectiva como parte do processo essencial da vida, tais como digestão, respiração, metabolismo e manutenção de tecidos.
Também conclui-se que os alimentos durante a digestão sofrem acção mecânica desenvolvida pela língua, dentes e os movimentos peristálticos e acção química que é provocada pelos sucos digestivos produzidos por diferentes órgãos que compõe o sistema digestivo.
Conclui-se que as enzimas que auxiliam a digestão dos alimentos são secrectados em 4 órgãos que são a boca, estômago, pâncreas e intestino delegado. Durante a digestão o alimento sofre 3 transformações, na boca forma-se o bolo alimentar, estômago forma-se o quimo e por fim o quilo no intestino delegado.

Referencias bibliográficas
Sanioto, S. Aires M.1985. Fisiologia Basica, Fisiologia do Sistema Digestivo. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan.
Sanioto ,S.Amorim, J.Mancini, M.Baldo, M.2013. Fisiologia da Secrecao Salivar. São Paulo.
Arthur Guyton e John Hall. 2006. Tratado de fisiologia Medica. Saunders Elsevier Editora. 11ª ed. 


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