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Politica Externa, Internacioal e Diplomacia: resumo

Politica Externa
Não existe uma definição absoluta e consensual de política externa, mas as várias definições avançadas contêm atributos e pressupostos semelhantes:
  • O sistema de actividades desenvolvido pelas comunidades para modificar o comportamento de outros Estados e para ajustar as suas próprias actividades ao ambiente internacional» (George Modelski apud Kegley e Wittkopf, 1995: 45);
  • O esforço de uma sociedade nacional para controlar o seu ambiente externo pela preservação das situações favoráveis e a modificação das situações desfavoráveis» (James Rosenau apud Zorgbibe, 1990: 433);
  • O conjunto de objetivos, estratégias e instrumentos escolhidos pelos responsáveis governamentais pela formulação política para responder ao ambiente externo atual e futuro» (Rosati, 1994: 225).
Para a política externa, o Estado procura responder ao comportamento de outros actores internacionais e, de uma maneira geral, agir de acordo com os seus princípios quando o ambiente é favorável e transformar esse mesmo ambiente quando este se apresenta desfavorável.


Noutros termos, o Estado procura, através da política externa, manter ou aumentar o seu peso e influência fora do seu território nacional. Uma das características importantes da política externa e que a distingue das demais políticas, é ter como campo de acção um espaço que escapa em grande parte ao seu próprio controlo. No seio das restantes políticas públicas, a política externa assume hoje uma importância extremamente relevante, derivada das rápidas e constantes transformações que se verificam ao nível das relações internacionais.

Política Internacional
A Política Internacional na perspectiva de Estados individuais, em vez do Estado como parte de um sistema internacional em que está integrado, não encontramos muitas diferenças. Por aí se vê que são as condições internas dos Estados que acabam por mais influenciar a política dos mesmos. Guerras, alianças, imperialismo, manobras diplomáticas, isolamento e os imensos objectivos da acção diplomática, podem ser vistos como resultado das pressões políticas domésticas, ideologias nacionais, opinião pública ou necessidades económicas e sociais.

Política Internacional pretende acolher estudos em três vertentes principais:
  1. (i) Organizações internacionais e Integração Regional – analisar, do ponto de vista histórico, teórico, empírico e/ou metodológico, as distintas organizações multilaterais e os diversos processos de integração regional, assim como neles se configuram os mecanismos negociadores e a formação de coalizões.
  2. (ii) Conflitos e segurança internacionais – considerando que a natureza dos conflitos e, por conseguinte o conceito de segurança, transformaram-se bastante nas últimas décadas, a análise das desordens internacionais demandam múltiplas abordagens teóricas que não apenas as da ótica realista.
  3. (iii) Atores transnacionais e temas globais – analisar o papel das distintas formas de redes transnacionais (ativismo político e movimentos sociais, direitos humanos, ambientalistas, narcotráfico, finanças) na construção de normas e regimes internacionais e abordagens teóricas para compreender como buscam influenciar e atuar no sistema internacional.

Diplomacia
Segundo Moreira (2011), “O mais importante instrumento da política internacional é, ainda hoje, a diplomacia, que pode ser definida como uma arte da negociação ou o conjunto das técnicas e processos de conduzir as relações entre os Estados.”


Na mesma ordem de ideias, Hans Morgenthau (2003), afirma que a diplomacia compreende “a formação e a execução da política externa a todos os níveis” tendo como objectivo primário a “promoção do interesse nacional por meios pacíficos”

Enquanto que Hedley Bull (apud COSTA, 2011) acrescenta que a noção de diplomacia como arte e estratégia de condução das relações externas não deverá ser apenas aplicada aos Estados mas também a outras entidades políticas e sujeitos que tomam parte do sistema internacional.

A Diplomacia é um instrumento da política externa, para o estabelecimento e desenvolvimento dos contatos pacíficos entre os governos de diferentes Estados, pelo emprego de intermediários, mutuamente reconhecidos pelas respectivas partes. (Magalhães, 2005) O conceito também é usado para fazer alusão ao serviço dos Estados nas suas relações internacionais.

Consideram-se funções tradicionais da diplomacia as tarefas de negociar, informar e representar.


Referências bibliográficas
  • COSTA, S. (2011). A Política Externa Cabo-verdiana na Encruzilhada Atlântica entre a África, a Europa e as Américas. in Seminário sobre Ciências sociais e Desenvolvimento em África. Lisboa.
  • MAGALHÃES, Jose Calvet de (2005). Manual diplomático (PDF). [S.l.: s.n.]
  • MOREIRA, A. (2011). Teoria Das Relações Internacionais.
  • PECEQUILO, Cristina Soreanu. Manual de política internacional. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009
  • MORGENTHAU, H. (2003). A Política entre as Nações: A luta pelo Poder e pela Paz. São Paulo: Universidade de Brasília - UNB.
  • ROSATI, J. (1994) «Cycles in Foreign Policy Restructuring: The Politics of Continuity and Change in US Foreign Policy», in Rosati, J; Hagan, J e Sampson III, M. (org), Foreign Policy Restructuring: How Governments Respond to Global Change. Columbia, South Carolina: University of South Carolina Press, 221 261

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