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Lógica e Argumentação: Lógica do Juízo e Proposição

Juízo “é o actode pensamento susceptível de ser verdadeiro ou falso”. Todo o juízo envolve uma asserção (afirmativa ou falsa), pois só quem afirma ou nega pode exprimir a falsidade ou a verdade (Saraiva, 1972: 36). Igualmente, define-se o juízo como “a operação mental pela qual se afirma ou se nega uma relação entre conceitos”, de forma a obter a verdade ou a falsidade.

O pensamento e todas as operações mentais só ganharão existência quando expresso em linguagem verbal. Desta forma, o juízo enquanto operação mental se concretiza numa proposição (numa frase). Assim, a “proposição” é a “expressão verbal do juízo”.

Exemplo: Chove – é um juízo; chove e troveja – é uma conjunção de dois juízos; chove, troveja e faz frio – é uma conjunção de três juízos.

Chama-se proposição a expressão verbal (ou enunciado) do juízo. Os juízos anteriormente explicados, estão expressos, verbalmente, ou seja, em proposição. Todavia, quantos elementos existem num juízo? A resposta é: tantos e quantos necessários para produzir uma asserção. O número é variável, por vezes, basta um elemento: chove; outros intervém dois elementos: António estuda; outros três elementos: Aristóteles estagirita; outros ainda quatro elementos: Aristóteles discípulo de Platão.

Estrutura de um Juízo Predicativo

A lógica tradicional (do tipo aristotélica) pretendeu reduzir esta diversidade de juízos a um modelo único: o juízo predicativo ou juízo de três elementos,da formula S é P. neste esquema de juízo,um atributo é afirmado ou negado de um sujeito, por intermedio de um verbo (o verbo Ser, chamado verbo copulativo ou simplesmentecópula).dito de outra forma, todo o juízo predicativo é constituído por três elementos que são: o Sujeito, a cópula e o predicado.
  1. Sujeito – é o ser a quem atribui-se o predicado, o termo relativamente pelo qual afirma-se ou nega-se algo.
  2. Predicado – é aquilo que se diz do sujeito, podendo ser afirmado ou negado.
  3. Cópula – é o elemento que relaciona o sujeito com o predicado.

Quantificador Sujeito Cópula Predicado

Se o sujeito (S) e o predicado (P) representam um conteúdo ou a matéria da proposição, a cópula representa a sua forma, podendo ser afirmativa (é) ou negativa(não é). Portanto, o juízo predicativo corresponde a fase descritiva do conhecimento (atribuição de propriedades). Entretanto, os juízos irregulares:chove, António estuda, Aristóteles estagirita, Aristóteles discípulo de Platão, são redutíveis à forma regular ou canónica:O tempo é chuvoso, António é estudante, Aristóteles é estagirita, Aristóteles foi discípulo de Platão.

Os juízos predicativos podem iniciar ou não por expressões que em si, não são conceitos, mas indicam a quantidade. A tais expressões designam-se por quantificadores.
  1. Todo (s), cujos equivalentes lógicos são os determinantes: a (as), o (os), nenhum, não existem, não há.
  2.  Algum(ns), seus equivalentes: certos, nem todos, uma parte, a maioria, ou forma verbal, existem, há.

Esquema – padrão do Juízo e frases comuns equivalentes

Todo o juízo predicativo deve ser redutível à sua representação esquemática padrão (ou canónica), na sua forma afirmativa ou negativa:

Oval: S é P

Oval: S não é P
A proposiçãoé o enunciado que estabelece uma relação de afirmação ou negação entre termos, podendo tal relação ser considerada verdadeira ou falsa. A operação mental que está subjacente à formação da proposição eque permite estabelecer essa relação é o juízo. Somente as frases declarativas é que são proposições. Só os enunciados que atribuem, declaram, ou constatam alguma coisa, sendo susceptíveis de serem verdadeiras ou falsas é que se enquadram na categoria de proposições.

Bibliografia
  • CHAMBISSE, Ernesto D; & NHUMAIO, Alcido M.G. Filosofia 12ª classe. 2ª Edição. Maputo: Texto Editores, 2008.
  • BORGES, José F; PAIVA, Marta; & TAVARES, Orlanda. Introdução à Filosofia 12ª classe. Maputo: Plural Editores, 2015.
  • SARAIVA, Augusto.  Filosofia: segundo os programas do ensino Liceal. Lisboa, 1972.
  • MORTARI, Cezar A. Introdução à Lógica. S. Paulo: Editora UNESP: Imprensa Oficial do Estado, 2001.

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