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Análise do risco económico e financeiro nas empresas

Na Análise Financeira deverá existir preocupação pela análise do risco quer económico quer financeiro. 

O conceito de risco económico traduz a probabilidade do resultado de exploração ser inadequado aos objectivos da empresa ou até mesmo negativo, isto é, os proveitos de explorarão não serem suficientes para cobrirem os custos de exploração (fixos e variáveis), ou de outra forma, a empresa situar-se num nível de actividade inferior ao ponto crítico. 

O facto de a empresa apresentar um resultado de exploração insuficiente pode ser devido a factores: de ordem interna (de natureza comercial, produtiva/tecnológica ou de estratégia); exógenos, nomeadamente de ordem sectorial (sector em declínio), social ou político. 

Com qualquer decisão financeira ou de investimento, há alguma incerteza sobre o seu resultado. A incerteza é não conhecer exactamente este resultado até quando ele acontecer no futuro. Existe incerteza na maioria das coisas que fazemos enquanto administradores financeiros porque ninguém sabe precisamente que mudanças ocorrerão em coisas tais como leis de impostos, demanda de consumidor, a economia, ou taxa de juros. 

Apesar dos termos “risco” e “incerteza” serem muitas vezes usados para significarem o mesmo, há uma distinção entre eles. Incerteza é não saber o que irá acontecer. O risco é como caracterizamos quanta incerteza existe: quanto maior a incerteza, maior o risco. O risco é o grau de incerteza. Em decisões de financiamento investimento existem muitos tipos de riscos que devemos considerar. Os tipos de riscos que um administrador financeiro se defronta, incluem: 
  • Risco de fluxo de caixa; 
  • Risco de reinvestimento; 
  • Risco de taxa de juros; e 
  • Risco do poder de compra. 
 

Risco de fluxo de caixa 

O risco de fluxo de caixa é o risco que os fluxos de caixa de um investimento não se materializarão como esperado. Para muitos investimentos, o risco de que os fluxos de caixa não poderem ser como o esperado – no momento (timing), na quantidade, ou ambos – está relacionado ao risco do negócio do investimento. 

Tipos de riscos

Risco do negócio 

O risco do negócio é o risco associado com os fluxos de caixa operacionais. Os fluxos de caixa operacionais não são certos porque nem as receitas e nem as despesas compreendendo estes fluxos de caixa, são. Com respeito as receitas: dependendo das condições económicas e as acções dos competidores, os preços ou quantidades vendidas (ou ambos) podem ser diferentes daquele que é esperado. Isto é o risco de vendas. 

 Com respeito as despesas: os custos operacionais são compreendidos de custos fixos e custos variáveis. Quanto maior o componente fixo dos custos operacionais, menos uma companhia pode ajustar seus custos operacionais às variações nas vendas. 

A mistura de custos fixos e variáveis depende largamente do tipo de negócio. Por exemplo, custos operacionais fixos constituem uma grande porção dos custos operacionais de uma linha aérea: não importa quantos passageiros estão voando, a linha aérea ainda precisa pagar taxas de embarque, pagar um piloto e comprar combustível.

 Os custos variáveis para uma linha aérea – os custos que variam dependendo do número de passageiros – quantia um pouco pequena do combustível e o custo da refeição (que não pode ser muita). 

Mesmo dentro da mesma linha de negócios, podem variar os custos fixos e variáveis das companhias. Por exemplo, uma linha aérea poderá desenvolver um sistema que lhe permita variar o número de cabines de comissários de bordo e de carregadores de bagagem de acordo com o tráfego de passageiros, variando muito os seus custos operacionais com as variações da demanda. Referiremos ao risco que vem acerca da mistura de custos fixos e variáveis como risco operacional. 

Quanto maior os custos fixos operacionais, relativos aos custos operacionais variáveis, maior o risco operacional. Vamos dar uma olhada em como o risco operacional afecta o risco de fluxo de caixa. 

Risco Financeiro 

Quando nos referimos ao risco de fluxo de caixa de um título, expandimos o nosso conceito de risco de fluxo de caixa. Um título representa uma exigência sobre o lucro e activos de um negócio, portanto o risco do título não é apenas o risco dos fluxos de caixa do negócio, mas também o risco relacionado à como estes fluxos de caixa estão distribuídos entre os exigentes – os credores e os proprietários do negócio. Portanto, o risco de fluxo de caixa de um título inclui ambos, o seu risco do negócio e o seu risco financeiro. 
            
O risco financeiro é o risco associado a como a companhia financia suas operações. Se uma companhia financia com dívida, ela é obrigada legalmente a pagar as quantias compreendidas de suas dívidas quando elas vencerem. Se uma companhia financia seu negócio com capital próprio, ou gerado das operações (lucros retidos) ou da emissão de novas acções, ela não incorre em obrigações fixas. Quanto mais obrigações de custo fixo (dívida) forem incursas pela empresa, maior é o seu risco financeiro.

 Podemos quantificar este risco de certa forma da mesma maneira que fizemos para o risco operacional, observando a sensibilidade dos fluxos de caixa disponíveis aos proprietários quando variarem os fluxos de caixa operacionais. Esta sensibilidade, que referiremos como o grau de alavancagem financeira (degree of financial leverage – DFL).

Risco Financeiro e Operacional 

O grau de alavancagem operacional dá-nos uma ideia da sensibilidade dos fluxos de caixa operacionais contra as variações nas vendas. E o grau de alavancagem financeira dá-nos uma ideia da sensibilidade dos fluxos de caixa aos proprietários contra as variações nos fluxos de caixa operacional. Mas, frequentemente, estamos concentrados acerca do efeito combinado de ambos, a alavancagem operacional e a alavancagem financeira.
 
Os proprietários estão concentrados acerca do efeito combinado porque ambos contribuem ao risco associado com seus fluxos de caixa futuros. E os administradores financeiros, tomando decisões para maximizar a riqueza dos proprietários, precisam estar concentrados com decisões de investimentos (que afectam a estrutura do custo operacional) e decisões financeiras (que afectam a estrutura de capital) que afectam o risco dos proprietários. 

Grau de alavancagem operacional e risco económico

Há então uma importante relação entre o grau de alavancagem operacional e o risco económico (operacional) da empresa. Trabalhando acima do ponto de equilíbrio, a empresa tende a apresentar menor GAO, mas também apresentará um menor risco 

Trabalhando com alto GAO, tenderá a se situar perto de seu ponto de equilíbrio e, com alto risco de melhorar significativamente seu resultado, ou de piora-lo, também significativamente.
A alavancagem operacional, por incorporar o resultado dos activos da empresa, é um dos componentes mais relevantes de seu risco económico. Diversas incertezas se verificam na análise de GAO, como variações nos custos e despesas operacionais.

Considerando duas empresas, onde a empresa A tem maior nível de custos e despesas, se o aumento dos custos e despesas fixos forem relativamente o mesmo para as duas empresas, a empresa A corre o risco de incorrer em prejuízo mais rapidamente do que a empresa.

A redução nos custos e despesas fixas promove maior lucros na empresa, mais alavancada. Quanto maiores forem os custos e despesas fixos, maiores se apresentam as chances de grandes lucros e maiores riscos de grandes prejuízos. Por outro lado ocorrendo variações nos custos e despesas variáveis mantendo-se os demais valores constantes, as empresas com menor margem de contribuição unitária serão afectadas mais fortemente do que aquelas com maior margem, ou menores custos e despesas.

Como Preparar uma análise económica e financeira

  • Identificar os principais objectivos e os destinatários da informação: 
  • Investidores, financiadores, fornecedores, clientes, a própria gestão da empresa, bem como outros credores comerciais.
  • Definir as etapas de uma abordagem estruturada.
  • Estabelecer os instrumentos e as ferramentas de análise.

Avaliar a estrutura financeira

  • As várias leituras das rubricas do balanço: 
  • Óptica contabilística;
  • Óptica dos movimentos de capital;
  • Óptica financeira.

Ajustamentos ao balanço contabilístico para passar ao balanço financeiro: 

  • Compromissos de crédito ou de locação financeira;
  • Créditos por mobilização de dívida de clientes.
  • O equilíbrio entre investimentos (aplicações de fundos) e financiamentos (origem de fundos): 
  • Conceito de equilíbrio financeiro mínimo.
  • O fundo de maneio existente, as necessidades de fundo de maneio e a tesouraria líquida.
  • Analisar as crises da tesouraria e as soluções associadas.

Calcular e interpretar os rácios mais significativos da análise financeira

  • Rácios de actividade: avaliar o ciclo de exploração 
  • Prazos médios de recebimento, de pagamento e de armazenagem.
  • Rácios de tesouraria: avaliar a capacidade de endividamento a curto prazo: 
  • Rácios de estrutura: avaliar a capacidade de endividamento a longo prazo: 
  • Cobertura do imobilizado, autonomia financeira, solvabilidade, etc.

Avaliar a rentabilidade dos negócios

  • Análise da evolução da actividade: incidência das Quantidades, Custos e Preços de Venda: 
  • Avaliar a rentabilidade graças ao quadro de Indicadores intermédios de gestão:  
  • Margem bruta, Valor Acrescentado Bruto (VAB, Resultado operacional, resultado financeiro, 

Resultado antes de Impostos (RAI) e Resultado líquido.

  • Avaliar a capacidade do negócio em gerar fluxos financeiros positivos: 
  • Avaliar o equilíbrio económico: 
  • O efeito alavanca da taxa de juro;
  • O efeito alavanca fiscal.

Calcular e interpretar os rácios mais significativos da análise económica

  • Rácios de rentabilidade de gestão: 
  • Rentabilidade das vendas, rotação dos activos.
  • Rácios dos efeitos alheios à gestão: 
  • Efeito dos resultados financeiros, efeitos fiscal.
  • Rácios de rentabilidade dos capitais investidos: 
  • Rentabilidade do activo, rentabilidade e alavancagem dos capitais próprios.

Estruturar uma análise Económica e Financeira

  • A análise retrospectiva e as tendências para os próximos exercícios.
  • Evolução da estrutura Financeira: os grandes equilíbrios do balanço.
  • A rentabilidade dos capitais Investidos.
  • As zonas de risco; as pistas de recomendações.
  • A selecção dos indicadores de referência; o rigor na sua abordagem.
  • A importância de parametrizar informação; 

Conclusão

Depois do exaustivo trabalho tiramos as seguintes conclusões os riscos económicos e financeiros de determinadas empresas traz muitas preocupações aos administradores das empresas, pois estas de uma forma traz as empresas um desequilíbrio e a desistabilidade algo que é negativo, pois futuramente isso pode trazer graves consequências que podem levar a empresa ao declínio ou ate mesmo a falência.

Cabe ao administrador medir ou definir a intensidade do risco em função de obter maior ou menor produtividade porque como referimos anteriormente o risco e uma etapa que as empresas estão sujeitas a passar para alcançar seus objectivo um deles que e a produtividade e o lucro. O tema foi um tanto quanto interessante, Com tudo esperamos que o trabalho esteja minimamente ao nível desejado do professor

Bibliografia

  • NEVES, JOAO Carvalho das (2002) “ analise financeira “ , Lisboa; texto editor
  • Moreira, José António Cardoso (1997) Analise financeira da empresa da teoria a prática. Porto Associação de bolsas derivados do porto.
  • RODA, Ana Felipa resina de Almeida Alves, 2011 Analise económico-financeira de empresas, dissertação de mestrado universidade técnica de Lisboa 2007

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