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As Companhias Monopolistas - História de Moz 22

Na última década do século XIX (1890-1900), a sociedade capitalista europeia tinha atingido já a sua fase suprema, o imperialismo. Uma das características do capitalismo é a exploração dos operários e camponeses por uma classe burguesa, no seu próprio país. Como vimos, o imperialismo caracteriza-se pela expansão dessa exploração aos povos de outros países e continentes. 

Em Africa, essa dominação começou na segunda meta de do século XIX, para tingir o seu ponto máximo depois da Conferência de Berlim, em 18841885. Enquanto o colonialismo foi capitalista, a exploração colonial era feita por meio do roubo descarado das riquezas africanas, através da escravatura e do comércio. 

Na fase imperialista, essa exploração tomou outras formas. Tornado predominante na Europa, o capital financeiro vai ser também exportado para as colónias onde, por meio das matérias-primas baratas (plantações e monoculturas) e da mão-de-obra barata (trabalho obrigatório), se reproduzia enormemente. As matérias-primas eram enviadas para as metrópoles, onde eram transformadas e depois reexportadas para a Africa. Dessa maneira, os países capitalistas obtinham enormes lucros. 

  • Capital financeiro foi exportado para a Africa através da criação de Companhias Monopolistas, isto é, companhias que tinham poderes totais de exploração no campo económico, administrativo e social. 

Todos os países imperialistas, tais como a Grã-Bretanha, a Alemanha, a França e a Bélgica, criaram companhias desse tipo nas suas colónias africanas. 

Em Moçambique, em 1891, o governo português deu a capitalistas estrangeiros, ingleses e franceses, o direito de explorar as regiões de Moçambique compreendidas entre o rio Zambeze e o Save, constituindo assim a Companhia de Moçambique. 

No ano seguinte, o governo português deu concessões idênticas a outros capitalistas estrangeiros, alemães e franceses, nas regiões de Niassa e Cabo Delgado - Companhia do Niassa, e Zambézia - Companhia da Zambézia. 

  • Governo português fez estas concessões porque, sendo um país pobre, embora colonialista, não tinha capital financeiro suficiente para investir nas colónias. 

Estas companhias tinham poderes absolutos nas regiões em que estavam implantadas. Cobravam impostos. batiam moeda, administravam e exploravam as plantações, coagiam ao trabalho obrigatório e às monoculturas. 

As Companhias de Moçambique, de Niassa e da Zambézia, eram autênticos Estados dentro da colónia. 

  • Povo das varias regiões resistiu pelas armas a ocupação colonialista. 

No estado de gaza os portugueses tiveram grandes dificuldades para vencer as tropas de gungunhana e maguiguana. 

Portugal facilitou a exploração de grandes zonas de moçambique pelas companhias monopolistas estrangeiras. 

  • Governo português e as colónias inglesas do interior associavam-se na exploração do nosso povo. 


História de Moçambique #22
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